BRASIL: SEXTA POTÊNCIA MUNDIAL?
FlávioMPinto
A sociedade tupiniquim ainda vibra por , o Brasil, ter ultrapassado a Grã-Bretanha no Produto Interno Bruto, vangloriando-se como a 6ª potência mundial.
Os ingleses ficaram indignados.
Mas o que é ter o PIB alto? É a soma de tudo que o país produz. Tudo. Do comércio aos impostos. Bom, até aí morreu o Neves, pois um país pode não saber o que fazer com o que produz.
É a sua capacidade em produzi-lo e aplicá-lo que define seu status. Bingo. Pois os ingleses possuem uma renda per capita 4 vezes maior do que a brasileira. É verdade. O trabalhador inglês é quatro vezes mais produtivo! Pasmem . É certo que aí entram a produção de artigos de maior valor agregado( não esqueçam que estamos nos desindustrializando e voltando a ser produtores de matéria-prima!), mas é fato.
Não adianta ter força, só ela. Tem de ter capacidade de reação militar, por exemplo. O Brasil não tem nem a décima parte da reação militar inglesa, em material, recursos humanos e tecnologia para se fazer uma pressão estratégica que porventura necessite. Vide caso Malvinas/Falklands e Bolívia /Petrobrás.
Mas não é só isso. Outros componentes dos fatores de decisão estratégicos estão em jogo e pesam na balança.
É como comparar um cidadão obeso, que consome muito para manter-se com um outro, magro e inteligente, que muito produz.
Diversas são as razões para tal diferença. Uma delas é cultural: enquanto os anglo-saxões tiveram suas nações forjadas a sangue, nós tivemos o Brasil em eterno berço esplêndido. Surgiram dois povos completamente distintos.
O que o ministro da Fazenda deveria ter, manifestado no seu pronunciamento sobre o assunto, era vergonha de sermos reconhecidos como menos produtivos, capazes e trabalhadores que os ingleses.
Reconhecer que um povo que vive numa área 50 vezes menor e tem um quarto da população brasileira produz tanto quanto essa. Acomodar-se com essa situação é estar fora da realidade?
Quanta incompetência e quanta hipocrisia deverá ser banida do Brasil para que tenhamos a cabeça no lugar e reconhecer o nosso verdadeiro lugar no mundo.
Quantas gerações ainda passarão para que tenhamos um modo de vida comparável aos europeus? Não sei.
Mas basta olhar para trás e ver como fomos constituídos para ter-se uma idéia.
“ São três as raízes da nossa cultura: a cultura ibérica, que é a cultura do privilégio; a cultura africana, que é a cultura da magia; e a cultura indígena, que é a cultura da indolência. Com esses ingredientes, o desenvolvimento econômico é uma parada... “Roberto Campos
FlávioMPinto
A sociedade tupiniquim ainda vibra por , o Brasil, ter ultrapassado a Grã-Bretanha no Produto Interno Bruto, vangloriando-se como a 6ª potência mundial.
Os ingleses ficaram indignados.
Mas o que é ter o PIB alto? É a soma de tudo que o país produz. Tudo. Do comércio aos impostos. Bom, até aí morreu o Neves, pois um país pode não saber o que fazer com o que produz.
É a sua capacidade em produzi-lo e aplicá-lo que define seu status. Bingo. Pois os ingleses possuem uma renda per capita 4 vezes maior do que a brasileira. É verdade. O trabalhador inglês é quatro vezes mais produtivo! Pasmem . É certo que aí entram a produção de artigos de maior valor agregado( não esqueçam que estamos nos desindustrializando e voltando a ser produtores de matéria-prima!), mas é fato.
Não adianta ter força, só ela. Tem de ter capacidade de reação militar, por exemplo. O Brasil não tem nem a décima parte da reação militar inglesa, em material, recursos humanos e tecnologia para se fazer uma pressão estratégica que porventura necessite. Vide caso Malvinas/Falklands e Bolívia /Petrobrás.
Mas não é só isso. Outros componentes dos fatores de decisão estratégicos estão em jogo e pesam na balança.
É como comparar um cidadão obeso, que consome muito para manter-se com um outro, magro e inteligente, que muito produz.
Diversas são as razões para tal diferença. Uma delas é cultural: enquanto os anglo-saxões tiveram suas nações forjadas a sangue, nós tivemos o Brasil em eterno berço esplêndido. Surgiram dois povos completamente distintos.
O que o ministro da Fazenda deveria ter, manifestado no seu pronunciamento sobre o assunto, era vergonha de sermos reconhecidos como menos produtivos, capazes e trabalhadores que os ingleses.
Reconhecer que um povo que vive numa área 50 vezes menor e tem um quarto da população brasileira produz tanto quanto essa. Acomodar-se com essa situação é estar fora da realidade?
Quanta incompetência e quanta hipocrisia deverá ser banida do Brasil para que tenhamos a cabeça no lugar e reconhecer o nosso verdadeiro lugar no mundo.
Quantas gerações ainda passarão para que tenhamos um modo de vida comparável aos europeus? Não sei.
Mas basta olhar para trás e ver como fomos constituídos para ter-se uma idéia.
“ São três as raízes da nossa cultura: a cultura ibérica, que é a cultura do privilégio; a cultura africana, que é a cultura da magia; e a cultura indígena, que é a cultura da indolência. Com esses ingredientes, o desenvolvimento econômico é uma parada... “Roberto Campos