domingo, 28 de agosto de 2011

CHEGA,BASTA!

FlávioMPinto
Houve um tempo no Brasil que a decência, principalmente na coisa pública, era regra. Um presidente mandou vender seu gado antes de propor um reajuste de preços do produto e outro por demitir do serviço público e quase mandar prender seu irmão por haver recebido propina.
Hoje, com a filosofia petista de governar, a regra é enriquecer. De preferência metendo a mão nos cofres públicos.
Nestes próximos dias passam a inimputáveis os criminosos do mensalão. Classifico-os como criminosos, pois o próprio Procurador Geral da República já os denunciou com uma quadrilha. Sim, uma quadrilha de 40( quarenta) políticos petistas que sistematicamente roubaram os cofres da Nação em proveito próprio. Uma situação de absoluta leniência, falta de competência, coragem e covardia do STF que, mais uma vez, marca um gol contra o povo brasileiro não julgando em tempo oportuno a maior quadrilha identificada e jamais surgida no meio político brasileiro.
Sim , houve um tempo que a honestidade brilhava, resplandecia. Aconteciam fraudes, mas não eram sistemáticas, nem eram rotuladas como atos simplórios de “aloprados” dinheiro na cueca e etc.
Dizer que não eram detectadas pois a imprensa era policiada é uma balela. O que se tem hoje é a mais notável máquina de retirar dinheiro dos cofres públicos como jamais se viu. Partidos políticos estão por trás disso como organizações criminosas muito organizadas em todos os níveis.
Dizer que a fraude no regime militar não era detectada por aqueles controles é uma grossa mentira. A réplica desse argumento é a importância da imprensa no processo de redemocratização. O que não se tinha naquela época era o rigoroso controle da imprensa como se tem hoje. Uma imprensa manietada, comprada pelo vil metal e amordaçada em suas opiniões e ações. Os que ainda não se venderam produzem reportagens denunciando e mostrando toda podridão e derrubando ministros e funcionários públicos corruptos.
Agora temos a tal faxina ministerial. Uma limpeza ética patrocinada pela imprensa atenta e atuante e que pressiona a presidente da república a agir com energia ante os desmandos descobertos.
Mas sabemos que, pela filosofia do atual partido dominante nada acontecerá. Apenas algumas demissões com desculpas de haverem descobertas fraudes de companheiros . E a estes tudo se perdoa. Não são corruptíveis, não erram e forma “traídos”. E ficam fora do alcance das ações policiais espetaculosas. Estas, só para os inimigos.
No entanto, uma voz surda do povo parece gritar CHEGA, BASTA! Mesmo ante uma sonolência letárgica que assume o inconsciente da população, essa voz parece querer sair a fórceps. Mas não encontra forças suficientes. No nascedouro sempre é barrada por ações de inteligência que a impedem de prosperar.
Pede-se CHEGA, BASTA! Mas tão logo um líder surge, é atacado por todos os lados procurando-se furos na sua vida pregressa e inviabilizando sua ação. Assim como fatos que possam ser lembrados e servir de exemplo para a virada histórica do Bem. Basta lembrar de quando ocorreram as terríveis descobertas do mensalão, um político “levantou” a hipótese de um golpe militar a semelhança de 64! Uma ação de desinformação pura. É uma ação típica de quem está ao serviço do Mal ao buscar desviar atenções para outro foco. O mesmo acontece agora com o tema legalidade.
CHEGA, BASTA! Chega de vilania, torpeza, má condução dos negócios públicos, má fé, incúria, indecência, falta de brasilidade.
CHEGA, BASTA! É o que desejam todos os cidadãos de Bem desta terra descoberta por Cabral.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

GRUPO ESCOLAR GENERAL NETO

GRUPO ESCOLAR GENERAL NETO
FlávioMPinto
Semana passada tive a grata satisfação de retornar ao Grupo Escolar General Neto, hoje EEF General Neto, escola onde estudei do 2º ano primário ao 5º, de 1959 a 1962, na minha cidade de Sant'Ana do Livramento-RS.
É sempre bom retornar onde fomos felizes e bem tratados. A educação não tem medida no tempo e persiste apesar dele. Eu encontrei facilidades, pois já entrei na escola alfabetizado.
Ciceroneado pela Diretora Áurea Maria Vargas Guedes pude visitar todos os lugares que vinham pela memória para matar saudades. Das salas de aula, da sala de música, do pátio de concreto com as pequenas arquibancadas e onde periodicamente fazíamos educação física, o campo de futebol, o local do mastro da Bandeira no segundo piso defronte á escola onde cantávamos o Hino Nacional e hasteávamos a Bandeira Nacional semanalmente.
Até de um armário, que sempre esteve no pavimento superior carregado de animais empalhados mudara de local, lembrei: agora está defronte ao gabinete da atual diretora.
Mas o Galinha Nervosa continua o mesmo. Não foram feitas substanciais mudanças arquitetônicas para desfigurá-lo. Apenas a cor mudou passando de amarelada para verde. E senti a falta da sala de música transformada em laboratório de ciências.
Além da primeira professora, D. Blanca A.Blanco, deu até para recordar o famoso arroz com leite da D.Antonieta. Era servido no recreio e muito concorrido. Uma delícia. Com uma pitada de canela por cima era uma iguaria.
E até aquela professora que nos dava reguadas nos dedos... Oigaletê!!
Não posso afirmar que os professores alunos mudaram: mudaram assim como o tempo mudou a sociedade. Estão consoantes com seu tempo como éramos.
Antigamente a diversão era o guarda da frente da escola, que colocava um apelido em cada aluno e agora não sei mais. Apenas posso constatar que a pracinha mudou. Escorregadores, balanços, barras paralelas, argolas, deram lugar a pistas de skate e junção de.... bom, cada um com seus grupos de época. O meu era para jogar bola na quadra da AABB defronte a Santa Casa ou na cancha de areia( ainda hoje é assim) defronte a capela do colégio das freiras.
Passeei no tempo e consegui recordar muita coisa. Ah, mais uma me veio à mente: a sala dos professores continua no mesmo lugar e era para onde mandavam os alunos que se comportavam mal após triagem na sala da diretora. Foi a primeira vez que lá entrei e tomei um belo café. Bom sinal que foi reforçado com a mostra, por uma professora da secretaria, da Ata da minha conclusão do ensino primário!
E fui para o Estadual após aprovação no concurso de Admissão ao Ginásio.
Divertido era o Galinha Nervosa.
De belos exemplos que guardamos até hoje.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O SALÁRIO DOS MILITARES

O SALÁRIO DOS MILITARES
FlávioMPinto
Ao ser aprovada a Lei que dispõe sobre as carreiras e salários da Policia Militar e Civil de Brasília, surgem inúmeros questionamentos.
Os primeiros vão no sentido puro dos valores dos salários nos quais um Coronel( Exército e Aeronáutica) e um Capitão de Mar e Guerra( Marinha) passam a ganhar menos do que um carcereiro brasiliense ou policial federal em início de carreira. Pasmem. Para se chegar a esses postos os militares tem de enfrentar no mínimo 30 anos de serviços e diversos cursos até o nível doutorado. Já para o carcereiro, basta o nível médio e um concurso de ingresso. Mas não é só isso. Com 5 anos de serviços esse mesmo carcereiro passa a ganhar mais do que um General ou Almirante e o Brigadeiro. Ponto.
Imagine o Brigadeiro comandante da Base Aérea de Brasilia, ou até a de Canoas, ganhando menos do que um carcereiro seja da Penitenciária da Papuda ou de qualquer outra prisão federal! É o que dispõem os Decretos Lei , editados pela Presidência da República recentemente e que regulam os salários da PF, PMDF e PC DF.
Nada contra os salários pagos a quem quer que seja, mas existe algo de profundo erro nisso. Cada um briga pelo que é do seu alcance e consegue o que pedir. E como conseguem!
O problema é que neste caso a fonte é a mesma e existe legislação que atrela um salário a outro, melhor dizendo, impede que as polícias militares e civil ganhem mais do que as Forças Armadas.
Porquê a legislação não é cumprida?
Eu, particularmente, penso, e acho, que os salários dos militares estão bem. Mas....
Quem falhou ao não equiparar com as Forças Armadas? Porquê? Medo das policias? Medo dos inquéritos? Medo das averiguações? Medo de uma policia ostensiva em suas vidas?
Sim, quem falhou foi o Congresso Nacional, que tem o poder de propor e determinar a execução de políticas de todo tipo para os Estados e Distrito Federal, além de defender quem compõe a base da defesa nacional, posto que tem a prerrogativa juntamente com os outros Poderes. Caso isso se faça necessário, chamam os verdadeiros militares e não os de contra-cheque . Os militares das Forças Armadas, os chamados nas horas de crise, fiéis seguidores da Constituição, das normas e leis, não se sindicalizam, não se filiam a partidos, nem sequer fazem manifestações.
O seu apanágio é hierarquia e a disciplina a despeito do que recebam da Nação. Assim escolheram passar a vida e assim procedem contra pleitos ditos de direito. Assim se comportam.
Se para o Congresso Nacional um Coronel vale tal qual um carcereiro...(se bem que um político, tempos atrás, achou correto que um piloto de um Mirage da FAB recebesse menos do que seu barbeiro no Congresso... Mas bastou ser transportado por um piloto civil de helicóptero barbeiro para repousar no fundo do mar de Angra dos Reis até hoje).
No dia que instalarem na Esplanada dos Ministérios um ministro da Defesa que entenda do metier , de fato, não de araque, um civil íntegro e capaz , e não um mandalete, bravateiro ou um bolchevique de cartola, teremos paz nessa área. E os militares, homens leais á Nação, terão um braço amigo a quem dar a mão.
A mesma abordagem desse assunto equivale a falarmos do que ganham professores e médicos, no entanto, estes tem amparo legal para investirem e praticarem outras profissões mais rendosas. Já os militares das Forças Armadas, não.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

DA NATUREZA DA GUERRA

DA NATUREZA DA GUERRA
FlavioMPinto
“Certamente têm razão os que consideram a guerra nosso estado primitivo e natural. Enquanto animal, o homem vive pela luta, vive ás custas dos outros, teme e odeia aos outros. Logo, a vida é guerra.” Herman Hesse
Que a guerra faz parte da natureza humana não se discute. Que a guerra é violência também. Que os animais não brigam entre si, não cultuam animosidades e violência entre eles só explode por invasão de território ou luta por liderança. Mas passado o evento, o perdedor sai de cena derrotado no seu pleito e conformado. Muitos animais são derrotados até em duelos de exposição da plumagem! É sua cultura.
O Ser humano, dito inteligente, não procede dessa maneira. Normalmente o derrotado passa a nutrir um ódio e vinganças quando não pode arcar com suas forças contra o vencedor. Ataca traiçoeiramente e muitas vezes une-se a outros, também fracos, para formar uma força maior.
E surge o conflito entre seres e a guerra entre nações como único fator que pode resolver situações de desinteligência.
É o extremo ato contra um adversário que não se dobra e não aceita a política como mediadora. Surgem ódios e situações irreconciliáveis. Mas é a continuação da política por outros meios, como bem dito por Clausewitz.
Mesmo na sua vida individual o homem não sabe viver sem um conflito. Precisa da guerra para sobreviver. Até para auto afirmar-se e evoluir.
Não podemos esquecer que a guerra e, por conseguinte a violência, é um monopólio do Estado e dos bandidos.
A violência pode não ser explícita como conhecemos e sim pela excessiva ingerência na vida dos cidadãos.
“A humanidade deve percorrer o caminho sangrento das guerras para chegar um dia á paz.”
Kant

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

MORAL PARA EXIGIR

MORAL PARA EXIGIR
FlavioMPinto
Uma dos aspectos mais exigidos nas lideranças é a moral para exigir. É a ascendência pessoal para mandar fazer e cumprir. Característica marcante nos verdadeiros chefes e comandantes.
No entanto, esse aspecto, o moral, é muito depreciado hoje em dia. É que ele é invisível e não decisivo na maioria das coisas ficando completamente sem ação em fatos e atos cometidos por muitos. No Brasil de hoje, raras são as instituições que o levam em conta. E quem escreve sobre eles é tratado como sonhador e tampouco é levado em conta.
Valores, valores, o que são valores na sociedade corrupta, permissiva e tolerante com tudo?
Um povo que não tem valores é como um saco vazio: se apresenta por seu tamanho, mas não se sustenta em pé e se assim se porta pouco permanece nessa posição. Um abalo, um pequeno sopro e desmorona com tudo que tem direito. Não tem onde se firmar e ao que se apegar.
O que sustenta um povo é o aspecto moral. É o alimento do espírito. São atitudes condignas em relação a tudo que se diz respeito dentro de parâmetros reconhecidos como legais e éticos. Uma muralha contra os negócios escusos e pessoas de má fé e alicerce seguro a quem age decentemente. Principalmente nas horas de crise, ela surge com toda sua força.
Estamos vivenciando a completa inversão de valores na nossa sociedade a começar pela neutralização da ação da Justiça. A célula mater já é alvo dos mais sorrateiros e certeiros ataques se esfacelando a olhos vistos: é a família que se arrasta rumo ao completo descrédito, onde até o Governo Federal atua tentando quebrar-lhe a espinha. Raras são as exceções. Raros são os momentos em que surge como a solução ao esfacelamento moral por que passa o País.
Nações só crescem e se fortalecem com homens de escrupulosa honorabilidade, fortalezas morais difíceis de serem vencidas, gerando uma sociedade com valores fortemente guarnecidos por uma ideologia moral inatacável.
Uma nação não cresce nem se fortalece com escândalos. E se assim crescer, terá os pés de barro. Não se sustenta. Tal qual uma pessoa que mente, trapaceia, engana não se sustenta. Poderá ser rei, mas num reinado que seus súditos não o respeitam.