segunda-feira, 23 de maio de 2011

ESQUELETOS NO ARMÁRIO

ESQUELETOS NO ARMÁRIO
FlavioMPinto
A recente divulgação de algumas ações governamentais federais, ainda do governo passado, mostra a ganância e apego pelo poder desenfreado desenvolvido pelos que o detém.
Me refiro ao poder, sim, posto que escolheram a linha de desinformação para melhor difundi-lo e mantê-lo. Tudo vai na direção de um povo desinformado e inerte que é a melhor resposta a quem deseja justamente o contrário.
Do pacote de maldades, primeiramente destacamos o kit gay do MEC, destinado a ensinar crianças de 6 a 8 anos o trato com a homossexualidade( não esqueçamos que existe também o kit gay do Ministério da Saúde). Sim, pasmem, CRIANÇAS. Crianças que mal sabem escrever e pouco discernimento possuem. Mas não ensinam o que devem e sim a como ser homossexual! Daí a gritaria de parcela da sociedade e de deputados particularmente os ligados ás Igrejas. Mas a coisa não fica por aí: pregam a destruição da família, o núcleo familiar- o casal, homem e mulher, como mola mestra de uma sociedade organizada nos valores que se reconhecem para tal. O MEC o faz , não oficialmente, mas através de uma ONG que milita dentro dos ministérios da Educação e da Saúde, neste idealizando o kit gay no que concerne a esse ministério, se fazendo governo. No entanto, e ainda pasmem mais ainda, O STF, totalmente aparelhado pelos governos petistas, rasga a Constituição e estabelece a permissão de união entre seres do mesmo sexo. É de se esperar que a pedofilia e o bestialismo sejam reconhecidos e oficializados pelos mais decisivos senhores togados agora. Foi jogada na sala das famílias a discórdia pelo STF, atropelando o Congresso Nacional.
O outro assunto, ainda no rol das grandes destruições morais, temos os livros do MEC a cultuar e justificar o modo incorreto de se pronunciar e escrever, como a legitimar a linguagem boquirrota de um ex-presidente analfabeto e ignorante que se manifestava com horror ás letras. O culto a esse horror tinha de ser referendado e oficializado. E também a justificar a humilhante posição dos estudantes brasileiros no PISA.
Mais uma vez os livros são dirigidos a CRIANÇAS de 6 a 8 anos, uma idade suscetível a absorção de “novos conhecimentos”. É a tentativa de perda pura e simples da nacionalidade. Só que diferentemente do kit, o MEC o faz oficialmente numa publicação que custou 5 milhões de reais aos cofres públicos e rendeu 700 mil a autora.
Da Revolução chinesa - ” destrua tudo, que a reconstrução virá por si mesma”, como guia para tais cometimentos. É o nivelar por baixo na mais exata acepção da palavra. E a China é o guia para o partido dos que habitam o MEC.
Rui Barbosa, o grande, um brasileiro de escol, já profetizava que “a musa da gramática não conhece entranhas”.



De tudo, podemos constatar que os dois assuntos saem de um mesmo ministério- o MEC, entregue a um partido que se depreende não possuir a mínimas condições morais para assumir cargo de tão elevada estatura. Sem contar ainda, com os erros administrativos contabilizados nas provas de nivelamento ideológico nacionais que são os ENEM.
São assuntos prontos a explodir a consciência dos iletrados que o governo propõe a engrandecer.
O que se tem a dizer nesta quadra histórica em que o embrutecimento social é marcante é que o Brasil está perplexo com tais casos.
Esgotam-se as armas destinadas á defesa da sociedade em franca desintegração.
Será que existem outros esqueletos a sair dos armários?
Ah, sim, outro já apareceu: a nova lei das prisões recentemente aprovada pelo Congresso que inviabiliza prisões por qualquer crime no Brasil!

domingo, 15 de maio de 2011

TERROIR

TERROIR
FlavioMPinto
"Terroir é uma palavra francesa sem tradução em nenhum outro idioma. Significa a relação mais íntima entre o solo e o micro-clima particular, que concebe o nascimento de um tipo de uva, que expressa livremente sua qualidade, tipicidade e identidade em um grande vinho, sem que ninguém consiga explicar o porquê."
Guide Larousse - France
Os franceses usam o terroir para bem definir o que produzem com absoluta exclusividade. Vinhos , queijos, perfumes, embutidos, produtos que demarcam nichos em mercados exigentes.
São pequenas áreas onde o clima e solo estão intimamente ligados e produzem iguarias inimitáveis.
Normalmente os terroirs vignerons franceses não ultrapassam 30 hectares. Alguns chegam a menos de 5, até 3. Pequeninas áreas. Exclusivas. Únicas.
No Brasil, incipiente em vitivinicultura, ainda se confunde terroir com extensas áreas de cobertura vegetal semelhante e já existe vinícola dando nome de terroir a seu produto, mas não define qual terroir, desinformando o consumidor.
Mais do que aquele nicho geológico, o terroir emblema um padrão a ser seguido. Um padrão em respeito a quem paga pelo produto e o consome, admirando-o.
É um grande engano dizer “terroir da campanha” referindo-se á região da campanha gaúcha que vai de Caçapava a Uruguaiana. Basta vermos nas previsões atmosféricas as diferenças de temperaturas dessas regiões para constatar que o adjetivo não se aplica.
Um terroir nos remete a uvas reconhecidas por seu passado. Não cabe tratar uma Cabernet Sauvignon ou uma Merlot com desprezo resultando em produção de vinhos baratos e pobres. Sabe-se que pode-se plantar uvas em qualquer lugar que viscejem as bagas, mas só um local abençoado permite que vinhas sensacionais cresçam e produzam.
Esse é o terroir. Formação geológica que recebe as mudas e as transforma em produtos desejados e amados: o vinho de qualidade.
Negar a uma cepa de qualidade seu lugar de destaque e relegar a seu vinho o que merece é jogar dinheiro fora. E respeito.
Recordemos que vinhos ruins não vêm de uma área reconhecida como terroir e sim de um terror. Terror para o fígado, estômago e cabeça e até para o bolso ao se comprar gato por lebre.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A FACE DE UM DÉSPOTA

A FACE DE UM DÉSPOTA
FlavioMPinto
Déspota( Dic Aurélio)- Senhor absoluto e arbitrário; tirano; opressor; dominador absoluto; pessoa de tendência dominadora; integrante do governo que se funda no poder de dominação sem freios.
Ao eleger um cidadão para um cargo, o povo não lhe dá plenos poderes. Estes são limitados e não ilimitados.
Juntos a governar estão os Poderes, principalmente o Legislativo e a todos o Judiciário a policiar a ação legal.
Desbordar esses dois na caminhada governamental o Executivo e cai num fosso sem fundo chamado de Usurpação de poder ao cortar-lhes a ação. Seja cassando-lhe o que fora feito ou impedindo o que poderia através de manobras, muitas, patrocinadas até pelo Judiciário de modo capenga.
O Rio Grande do Sul, pelo andar da carruagem, aos poucos caminha desenfreadamente para um perigoso regime em que o Executivo legisla através de ações neutralizando o próprio Legislativo, como apresentação reiterada de projetos na Assembléia a serem analisados e aprovados em regime de urgência, impedindo o necessário debate sobre os temas propostos, por possuir a maioria absoluta. Basta verificar a quantidade de projetos apresentados desta forma pelo atual governo estadual, apenas para mostrar seu poder ditatorial. Uma avalanche de atos que põe a descoberto um poder que “serviliza” a Assembléia.
Ainda desautorizando e desbordando o Legislativo e Judiciário, no caso dos conselheiros do Irga, da Agergs e do determinado em TAC pela Justiça gaúcha em 2009 em relação ás escolas do MST. Considerar também a ação do chamado Conselhão, órgão de assessoramento, mas elevado a de decisão em ações importantes composto por cidadãos das mais diversas origens e de competência duvidosa para tal, em temas tão díspares.
Outras ações também remetem ao governo tirânico de Júlio de Castilhos, num dos períodos mais negros da história política gaúcha, com a capangada agora substituída pela claque de pelegos sindicais.
Aproxima-se mais um pacote de medidas, todas com o mesmo rito sumário de análise, amordaçando quem tem por obrigação avaliar.
Agrava o governo, o relacionamento com os demais poderes, se bem que foi o povo que lhe concedeu nas urnas tal maioria e poder absoluto e ele o usa com tudo que tem direito.
Não podemos esquecer que o partido que está no governo introduziu um ranço inédito na política gaúcha, o anti-petismo, e o ódio civil desencadeado durante o governo caudilho de Julio de Castilhos gerou a bárbara revolução de 93 com feridas cicatrizadas muito tempo depois.