quarta-feira, 4 de maio de 2011

A FACE DE UM DÉSPOTA

A FACE DE UM DÉSPOTA
FlavioMPinto
Déspota( Dic Aurélio)- Senhor absoluto e arbitrário; tirano; opressor; dominador absoluto; pessoa de tendência dominadora; integrante do governo que se funda no poder de dominação sem freios.
Ao eleger um cidadão para um cargo, o povo não lhe dá plenos poderes. Estes são limitados e não ilimitados.
Juntos a governar estão os Poderes, principalmente o Legislativo e a todos o Judiciário a policiar a ação legal.
Desbordar esses dois na caminhada governamental o Executivo e cai num fosso sem fundo chamado de Usurpação de poder ao cortar-lhes a ação. Seja cassando-lhe o que fora feito ou impedindo o que poderia através de manobras, muitas, patrocinadas até pelo Judiciário de modo capenga.
O Rio Grande do Sul, pelo andar da carruagem, aos poucos caminha desenfreadamente para um perigoso regime em que o Executivo legisla através de ações neutralizando o próprio Legislativo, como apresentação reiterada de projetos na Assembléia a serem analisados e aprovados em regime de urgência, impedindo o necessário debate sobre os temas propostos, por possuir a maioria absoluta. Basta verificar a quantidade de projetos apresentados desta forma pelo atual governo estadual, apenas para mostrar seu poder ditatorial. Uma avalanche de atos que põe a descoberto um poder que “serviliza” a Assembléia.
Ainda desautorizando e desbordando o Legislativo e Judiciário, no caso dos conselheiros do Irga, da Agergs e do determinado em TAC pela Justiça gaúcha em 2009 em relação ás escolas do MST. Considerar também a ação do chamado Conselhão, órgão de assessoramento, mas elevado a de decisão em ações importantes composto por cidadãos das mais diversas origens e de competência duvidosa para tal, em temas tão díspares.
Outras ações também remetem ao governo tirânico de Júlio de Castilhos, num dos períodos mais negros da história política gaúcha, com a capangada agora substituída pela claque de pelegos sindicais.
Aproxima-se mais um pacote de medidas, todas com o mesmo rito sumário de análise, amordaçando quem tem por obrigação avaliar.
Agrava o governo, o relacionamento com os demais poderes, se bem que foi o povo que lhe concedeu nas urnas tal maioria e poder absoluto e ele o usa com tudo que tem direito.
Não podemos esquecer que o partido que está no governo introduziu um ranço inédito na política gaúcha, o anti-petismo, e o ódio civil desencadeado durante o governo caudilho de Julio de Castilhos gerou a bárbara revolução de 93 com feridas cicatrizadas muito tempo depois.