domingo, 29 de abril de 2012

O NÃO ENTENDIMENTO NO BRASIL


O NÃO ENTENDIMENTO NO BRASIL
FlávioMPinto
Infelizmente temos de conviver, e como, com situações para lá de curiosas. Curiosas não são, nem inusitadas.
São as situações na qual não nos fazemos entender. Sim, o entendimento de uma mensagem simples, uma ordem de trabalho simples.
O problema é que as pessoas não entendem.
Dizer que o contingente de analfabetos funcionais é grande no nosso país é um reconhecimento a situações cabais e diárias que enfrentamos.
Você fala A e o outro entende B. Você se expressa sobre laranjas e o outro entende mangas.
Não se sabe o que se passa na cabeça das pessoas na hora de receber uma mensagem, seja verbal ou escrita. Um texto, então...nem pensar.
Não queremos ser donos do pensamento das pessoas que gravitam em torno, mas um entendimento mínimo de algumas palavras é o que se espera de um povo que se diz pertencer a uma potência. Ainda mais agora que estão a mandar um grande contingente de estudantes para o exterior. Tomara que não façam fiasco, pois o que vemos aqui afiança o que pensamos.
Irá  o extrato de uma elite que sequer consegue interpretar um mínimo texto, entender e expressar-se com um mínimo de palavras. O certo é que irão alguns brasileiros qualificados nesse meio, mas a maioria, tenho a certeza, expressará o cerne dos estudantes brasileiros: uma onda jamais vista de analfabetos funcionais. Sim, uma onda e tomara que passe logo e que a próxima geração seja mais letrada.
Terão as universidades mundo afora a mesma preocupação com os calouros que as daqui  possuem: ensinarão o que eles deveriam saber, ou seja, o básico dos ensinos fundamentais e vitais para a universidade?  Terão paciência e tolerância ou jogarão os diplomas na cara de quem passará por lá como um cometa?
Sabemos que a vida cobra caro dessas condutas, mas não parece que os estudantes estão preocupados com isso. Apenas o mercado de trabalho. Ah, o mercado de trabalho.
Quando nos dermos conta, até para atendente em loja será exigido grau universitário, pois os outros , pela baixa qualidade, não bastam.
Que o futuro seja leve para os futuros postulantes de emprego.

terça-feira, 24 de abril de 2012

BRASIL-UM BERÇO QUE FOI ESPLÊNDIDO


BRASIL-UM BERÇO QUE FOI ESPLÊNDIDO
FlávioMPinto
Não vem ao caso ser ou não ser otimista ou pessimista em relação ao nosso país.
O problema é que estamos trilhando a mesma senda dos países que chafurdaram ou estão na mira de afundar.
Tolerância com o intolerável, concessão de benesses a fundo perdido sem qualquer contrapartida, falta de um planejamento seguro para um futuro promissor em áreas sensíveis. Apenas pensa-se no amanhã, o dia seguinte e mais nada. E no dia de amanhã político, apenas, diga-se de passagem.
Deixa-se de lado a educação, a segurança, as obras de infraestrutura....apenas política é o que interessa e seu jogo de interesses.
A cada data cívica relembramos os nossos feitos, nossas bandeiras, nossas virtudes como Nação, nossos baluartes. Tudo está passando por revisionismo que assusta e joga-se no ralo o nosso passado histórico. Perdem-se as referências de como o Brasil nasceu e cresceu como Nação. Os livros do Ensino Fundamental estão aí, ajudados por uma didática, que os professores aplicam sem piedade nos cérebros infantis.
O exemplo de conduta dos países europeus, que aos poucos se afundam em profunda crise financeira, parece não causar mossa na classe governante. Agrava-se o fato de que todos esses países possuem IDH e renda per capita superiores a nossa. Trocando em miúdos, se a crise nos atingir , afundaremos sem dó nem piedade, pois temos os pés de barro e uma classe dirigente que só toma as piores decisões.
Daqui a pouco nem as margens plácidas do Ipiranga ouvirão o grito e o choro dos brasileiros. De berço esplêndido, como tudo está sendo roubado, só no hino. Tiradentes liderou uma revolta por causa do quinto, ou seja,  os  20% confiscado pelo governo. Hoje pagamos quase 50% e nada acontece.
Ser otimista é acreditar que poderemos reverter essa situação. Pessimista é mantê-la sem fazer nada, apenas contemplando o horizonte de um berço esplêndido das margens plácidas do Ipiranga ou qualquer outro arroio que o valha. Um conformismo inaceitável. E aí não haverá santo que ajude.

domingo, 22 de abril de 2012

OS TEMPLÁRIOS E A COMISSÃO DA VERDADE


OS TEMPLÁRIOS E A COMISSÃO DA VERDADE
FlávioMPinto
"Um Cavaleiro Templário é verdadeiramente, um cavaleiro destemido e seguro de todos os lados, para sua alma, é protegido pela armadura da fé, assim como seu corpo está protegido pela armadura de aço. Ele é, portanto, duplamente armado e sem ter a necessidade de medos de demônios e nem de homens." Bernard de Clairvaux, c. 1135, De Laude Novae Militae—In Praise of the New Knighthood
Transcorriam os anos de 1300 e os Templários destacavam-se na proteção dos segredos e dos caminhantes cristãos na direção do Oriente Médio na vã tentativa de retomar os lugares santos. Eram poderosos e só ao Papa deviam obediência.
Guerreiros que se mantinham numa disciplina militar numa ordem religiosa: os Cavaleiros Templários.
Eram os fiéis depositários das riquezas deixadas para trás pelos peregrinos. Dinheiro e posses. Incontáveis posses. Monges dedicados e guerreiros reconhecidos.
Felipe II, o Belo, rei da França, devedor dos Templários enseja destruí-los para quitar sua imensa dívida. Teria de contar para isso com a aquiescência do Papa. Era preciso designar um Papa afinado com ele e consegue com a indicação de Bertran de Got, arcebispo de Avignon.
Foi instituída uma Comissão da Verdade inquirindo os templários e os enchendo de depoimentos e acusações falsas. Ninguém veio ao seu socorro, embora o Papa tivesse a oportunidade de declará-los inocentes ante as caluniosas acusações. Aos poucos foram todos condenados, a maioria á fogueira. Disciplinadamente não resistiram, talvez cientes da sua inocência. O próprio Grão Mestre da Ordem-Jacques de Mollay- foi queimado vivo. Suas propriedades e tesouros confiscados pelo rei francês.
No ano de 1307, foi, então, através de um processo calunioso, praticamente extinta a Ordem dos Cavaleiros Templários. Apenas sobreviveram os que se refugiaram em Portugal, dando início ao grande ciclo de explorações marítimas dos lusos.
No Brasil de hoje, com as Forças Armadas liderando as pesquisas no item confiança, desafiando a História e os fatos, instala-se uma falaciosa Comissão da Verdade. Falaciosa, pois pretende-se apurar as transgressões somente de um lado.
Provavelmente , fazendo como os templários, os militares não reagirão e serão massacrados pelas mentiras que se tornarão verdades para a comissão, como já se tem visto em inúmeros depoimentos.
A História irá se repetir?

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O BRASIL DAQUI A 25 ANOS


O BRASIL DAQUI A 25 ANOS
FlávioMPinto
É , de fato, um exercício de futurologia definir como se comportará o Brasil daqui a 25 anos.
Será o Brasil desenvolvido que desejamos? Ou continuaremos a ser a pátria de chuteiras , passional e sem desenvolvimento?
A grande massa afastada dos bancos escolares e outra, embora tenha passado por lá não identifica nada além do seu horizonte, pouca margem de dúvidas deixa a um bom final. Agravam o quadro o elenco de péssimas decisões que são tomadas por quem deveria pensar no futuro e apresentar projetos com a necessária clarividência.
As regras básicas que regem a vida nacional precisam ser mudadas, mas a cada tentativa, as coisas pioram. Ser ou não otimista, eis a questão.
Vejam o caso do Estatuto da Criança? Invés de dar um alento contra a crescente criminalidade, criou mais um enclave na sociedade: a proteção aos menores infratores, que se criam como uma nova classe de meliantes totalmente impunes. E cada vez mais violentos e amedrontadores da sociedade que os protege e se enjaula.
No campo, sabidamente é o agronegócio com sua pujança que carrega a bandeira da salvação do caixa nas transações internacionais brasileiras. No novo código penal, juristas ensaiam a definição de terrorismo do bem, não criminalizando as ações, que estamos acostumados a ver,  acometidas por entidades que nada de sociais são. Caso aprovado, o novo código avalizará a revolução violenta no campo. Um barril de pólvora, que será acionado por movimentos internacionalistas que volta e meia aterrorizam fazendas e estâncias no Brasil afora. Oficializar-se-á a insegurança real e jurídica no campo, pois os movimentos irão querer as fazendas produtivas para si, obviamente. O caso Ana Paula, no RS,  é emblemático. Que tal implementar uma reforma agrária no Nordeste brasileiro e fazer um projeto de kibutz á la Israel? Seria redenção do Nordeste. Mas interessa?
Na educação, acaba-se rapidamente com o maior incentivo ao progresso individual do aluno: a não reprovação. Faz-se pular de ano sem a necessária aprovação e merecimento, aumentando consideravelmente o universo de analfabetos funcionais, agora nos mais altos níveis escolares. Quem dará a mais violenta resposta a isso , sem dúvidas, será o mercado. Se hoje já se tem vagas ociosas por falta de qualificação profissional, amanhã esse quadro se agravará. As consequências serão danosas para o país, que marchará com pés de barro rumo a uma pretensa necessidade de maior escolarização. Nada adiantará aumentar as vagas públicas em universidades se os estudantes lá chegarem sem o mínimo preparo para tal.Em universidades americanas, então....
Provavelmente as únicas escolas que progridem com as bênçãos do Estado são as escolas do crime nas cadeias de todos os tipos.
Que tal falarmos sobre as obras e políticas de infraestrutura necessárias  ao desenvolvimento? Energia, transportes, logística, comunicações, saúde, segurança pública...Sabidamente essas políticas e obras são a longo prazo e como os últimos governos não possuem a mentalidade de previsão nesse sentido, sequer projeto de governo, pode-se prever um verdadeiro caos em busca das obras que permitam o desembocar do país a um novo patamar. As estradas de rodagem estão aí para não me deixar mentir. As férreas são um traço na estatística de transportes. Apenas reluzem em alguns ramais.
O entravamento e nó burocrático, notadamente no setor empresarial , precisará ser desatado para liberar o setor produtivo das amarras que impedem seu pleno funcionamento. Acompanham esse “desatar” acabar-se com a política de impostos escorchantes que encarecem os produtos e serviços, tirando competitividade de setores importantes na vida nacional, levando-nos a um dos países que mais protegem sua economia e fechando-a a concorrência internacional, com graves reflexos internamente. Cai a qualidade e sobem os preços com a falta de concorrência.  
Quanto ao Judiciário, em todos os escalões, é corrupto, indolente e preguiçoso como a sociedade que o abraça. Basta acompanhar a lerdeza das decisões e essas próprias decisões em si. Não temos a quem nos socorrer.
Em relação á política, ela só dará seu salto de qualidade com a melhoria do nível intelectual do povo, e como vemos, será difícil com os homens que fazem as leis do país. E ainda teremos a Câmara e Senado, para não falar dos ministros e presidentes da república, com a cara do povo, ou seja, sem as condições mínimas de tomar decisões que assegurem um futuro feliz, digno  e próspero para o Brasil. São homens comuns que carregam os problemas, aflições e mentalidade do povo que os elegeu. Não queiramos, hoje, almejar nem nos alimentar com soluções mirabolantes e inteligentes dos atuais representantes. Desde os vereadores.
Se já foi uma verdadeira epopeia colocar em prática a Lei da Ficha Limpa, mudar o pensamento dos políticos será algo impensável com o atual modelo.
Precisamos de homens diferenciados na esfera de comando e no Legislativo, principalmente, em todos os níveis.
Sem dúvida nenhuma o Brasil está fadado a crescer, tal como inevitável impedir o acesso da China ao patamar maior dos países produtores. Mas crescer sem lastro é algo muito catastrófico. Crescer cercado de problemas não é bom, é arriscado.
Estamos longe de ser um país resolvido por regras claras e ao alcance de todos. Hoje,  tem algo errado na contas do Brasil: quase pleno emprego com milhares de vagas abertas por falta de qualificação profissional; 6ª economia mundial com IDH ocupando a 70ª posição! E índices de educação comparados aos países mais pobres do planeta. Sim, tem algo muito errado e são os pés de barro com que são feitas as fundações do quadro sócio-político e econômico do país.
Um país grande não sobrevive com alguns bolsões de prosperidade.
Moral nacional. Que esperar de um futuro num país cada vez mais assolado com escândalos? Sim, o moral nacional sacudido a cada escândalo é uma pedra no sapato do partido que domina o teatro político. Um partido que deseja ardentemente transformar o país numa férrea e totalitária ditadura igual ás socialistas do séc XX. Isso está bem dito em todos os seus documentos oficiais e êles, claro, negam, mentindo a cada instante, mas são desmentidos pelos atos que cometem.
Um Brasil mais livre, desamarrado, com comércio aberto a todas as partes do mundo gerando concorrência e qualidade nos seus produtos é o que se espera.
Implica também em investir em doutrinas que catalisam liberdades, esse bem que dota o ser humano de livre arbítrio para ser, se expressar, ir e vir, e porque não, progredir. É a democracia plena que garante o progresso e se reinventa a cada crise mundial , pois age dentro de uma verdadeira liberdade.
Pensando bem, 25 anos passam rápidos demais e logo estaremos em 2037 com os mesmos problemas e anseios que temos agora e pensando o que seremos nos próximos 25 anos.
Ainda temos tempo para fazer surgir o Messias para liderar a geração de 2037.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

COMO SOMOS INCOMPETENTES!


COMO SOMOS INCOMPETENTES!
FlávioMPinto
“ Somos o que fazemos repetidamente. Por isso o mérito não está na ação e sim no hábito”. Aristóteles
Você já comparou algum custo de produtos/mercadorias produzidas no Brasil  com as mesmas produzidas fora daqui? E mesmo até com similares importados? Já procurou saber quanto custa lá fora um produto exportado?
Então, meu caro leitor, se prepare para uma grande desilusão. Ela vem no sentido de que aqui custam quase o dobro. Aliás, os americanos não podem, nem querem, pagar mais do que 60 centavos DE REAL, por litro de gasolina comprada daqui. Nem os mexicanos querem pagar mais do que 30  mil reais por um Honda Fit nem um argentino pagar mais de ... bom deixa prá lá.
O caso é que somos o povo mais rico do planeta ganhando  salários miseráveis. Miseráveis aqui. Lá fora não tem qualificação o que ganha a famosa classe C, a fortuna de 1400 reais, abaixo até do que , de acordo com o DIEESE, deveria ser o salário mínimo.
A maior desilusão e desespero é que você jamais terá uma conta a seu favor, pois o maior beneficiário de tudo, até acima dos lucros das montadoras de automóveis é o governo federal e que, no último pacote econômico passou longe de mexer no que arrecada.
O Brasil é assim, não é de hoje, que esconde sua incompetência em produzir atrás de proteção da indústria e comércio nacionais. Quem leva ferro, como sempre é o elo mais desprotegido: o consumidor, que sustenta todos  com suas compras.
Outro dia me perguntaram se era conveniente trazer vinhos numa viagem internacional. Respondi que sim, pois , dependendo da quantidade, poder-se-ia tirar até o preço da passagem. O mesmo acontece em roupas, sapatos e eletrônicos e até brinquedos e enxoval para bebês.
Os impostos aqui escondem a incompetência da indústria nacional. Um Land Rover Freelander 2TD4-diesel- custa na Europa com seus salários altos a bagatela de 28620 euros, pouco mais do que 67 mil reais. Quanto custaria esse carro se produzido aqui? No mínimo 120 mil, quase o preço do similar importado.
Mas não se preocupem com o futuro: uma comissão estuda o novo código penal e propõe o terrorismo do bem. Sim, todos os atos criminosos do MST e outros semelhantes que assustaram o Brasil e ameaçam propriedades não serão criminalizados. Serão considerados atos sociais. Invasões, sequestros, destruição de plantações, tudo boca livre para serem destruídos pelo movimento revolucionário. Ora viva!
Somos , então, um país rico, gastador e irresponsável. E burros, pois as soluções aqui são as piores possíveis!
E depois não venham dizer que o Congresso e suas elites, ao formular suas leis, não são o reflexo do povo ignorante, indisciplinado e desrespeitador da lei. Além de tudo, um povo que não reage, pois não sabe como fazê-lo, tamanha é sua ignorância.