PINHEIRO MACHADO, UM
POLÍTICO INIGUALÁVEL
FlávioMPinto
José Gomes Pinheiro
Machado( Cruz Alta- RS-8 de maio de 1851; Rio de Janeiro- RJ-8 de setembro de
1915 ) foi um dos mais eloqüentes e vibrantes oradores que já passou pela vida política
brasileira. Morreu assassinado aos pouco mais de 43 anos.
Nasci, cresci, passei a
minha infância e juventude na rua Pinheiro Machado em Sant’Ana do
Livramento-RS, mas, confesso, nunca procurei explicações sobre quem era o vulto
que dava nome á rua. Nem recordo se, no colégio onde estudei história nacional
e riograndense, fui chamado à atenção ao fato.
Mas o caso é que, agora, já
em tenra idade, procurei me interessar por esse personagem que poderia ter
mudado minha trajetória de vida, enriquecendo-a. Assim como estudei no Grupo
Escolar Julio de Castilhos, no General Neto, no Mauricio Cardoso onde me
iniciei nos bancos escolares e no Colégio Estadual Prof Liberato Salzano Vieira
da Cunha, todos com nomes ilustres.
Hoje, nestes tempos
bicudos em que vivemos, não sei qual é o espaço dado á exploração da vida exemplar
daqueles grandes homens.
Pinheiro Machado um político destacado do Partido Republicano
Rio-grandense- o PRR- levou a verve dos gaúchos ás tribunas nacionais se sobressaindo
dentre seus pares. Seu magnetismo pessoal era inigualável. Imbatível, num tempo
sem a parafernália eletrônica que amplifica vozes e dá velocidade e rapidez na
divulgação de pronunciamentos. Lidava sempre com os interesses maiores do
Estado e do País sem envolver-se em mesquinharias.
Um dos seus arroubos foi
aos 14 anos, no qual, após fugir de casa e fraudando a idade contrariando seu
pai, alistar-se para lutar na Guerra do Paraguai. Era o chamado da Pátria ao
jovem Pinheiro Machado, que retorna do conflito dispensado por doença após
combater com bravura.
A carreira política foi o
seu destino. Um dos políticos mais influentes da sua época.
De forte presença no
Senado, jamais pleiteou cargos políticos e /ou públicos, pautando-se por
extrema independência de atos, que lhe davam plenas garantias de exigir de quem
quer que fosse, por suas atitudes políticas. Essa independência era uma
característica da personalidade de Pinheiro Machado, desde os bancos escolares,
como a remeter ao futuro exemplo a ser seguido por gerações.
(Texto dedicado ao meu
sobrinho Joaquim)