quarta-feira, 9 de março de 2011

O BRASIL TEM JEITO?

BRASIL TEM JEITO?
FlavioMPinto

O Brasil é cada vez mais um reduto de velhacos.
Disto não tenho dúvidas quando vejo o nobre deputado Tiririca colocado sentado numa cadeira na Comissão de Educação da Câmara Federal por seus pares; João Paulo Cunha, um dos mais vultuosos réus do mensalão escolhido também por seus pares de partido para presidente da Comissão de Constituição e Justiça a mais importante Câmara; Sarney mantido como líder no Senado; Lula, a menos de 2 meses após sair do poder, já exercendo tráfico de influência com mesma cara-de-pau que governou. Outros fatos mais estrondosos me levam a crer que estamos em plena e terrível decomposição irreversível. Agora prá valer, pois destruição de nação também se planeja.
Aos poucos e de maneira incomum, a mentira da eleição da senhora petista para presidente desnuda-se mediante o cancelamento e adiamento de projetos prometidos pelo “melhor presidente que o Brasil já teve”. Adiam-se e cancelam-se por absoluta inconsistência financeira. Enganaram-nos? Não, a bem que se diga, eu não fui enganado, pois já tinha entendido o engodo. No entanto, outros milhões o foram e agora é tarde. Não sei se já se deram conta.
Um dia a casa cairá com tudo que tem direito. Não precisa ser vaticinador ilustre para vislumbrar o horizonte escamoteado pelos governantes de plantão.
Até parece que, tudo que foi feito por nossos antepassados, foi pura perda de tempo com o Brasil hoje entregue a uma turma apátrida e sem projeto de país a não ser o único e exclusivo projeto de poder.
Diante de tamanhos escândalos envolvendo o partido governante, poderíamos nos mirar na avalanche que varre o norte da África e colocou em debandada carreira afora os ditadores e corruptos de plantão.
Um ministro egípcio foi proibido de sair do país sob suspeita de desviar o equivalente a um milhão de reais. Aqui, num dos escabrosos escândalos financeiros, só dos Correios foram 100 milhões e nada, em absoluto, acontece. Chirac está sendo levado ás barras dos tribunais por criar cargos fantasmas quando prefeito de Paris entre 1992 e 1995. O mundo não cessa de nos dar exemplos de como lidar com a coisa pública.
No entanto, a insensibilidade popular e a ineficiência e comprometimento com as falcatruas dos edis aliadas á saciedade dos que ocupam cargos e seus asseclas que os apóiam, em todas as esferas do poder permitem que nada aconteça.
A podridão já atinge quem faz as leis e se espalha pelo modus operandi do povo, que vê ali findar-se suas esperanças de ver retroceder um quadro inevitável.
Estamos rumando ao fim do poço. Celeremente.
Mas não olvidemos que a maior parte das falcatruas envolve um único partido: o que domina a máquina pública brasileira.
Por outro lado é a partir daí que podemos visualizar a salvação.