terça-feira, 29 de março de 2011

COMPARAR COM GOVERNO MILITAR?

COMPARAR COM GOVERNO MILITAR?
FlavioMPinto
Ia escrever um artigo ressaltando as virtudes e erros dos governos militares quando topei com a palavra NANOCRACIA.
Sim, a nanocracia, um governo de anões, de coisa pequenas, minúsculas, e colocou por terra o que tinha a comparar destes governos civis com os governos militares. O Brasil daquela época com o de agora.
Sim, um Brasil que se queria grande, pois assim se pensava ele, comparando com um Brasil que se pensa pequeno.
Veio a minha mente a quantidade de obras grandiosas que ainda sustentarão o país por dezenas de anos, como Itaipu, Carajás, Angra I e II, Tucuruí. Projetos e instituições que manterão o país de pé na sua infra-estrutura como Banco Central, FUNRURAL, BNDES, EMBRAPA, CAPES, dentre outras centenas. Desisti de encontrar projetos de longo alcance e feitos com o mais legítimo e messiânico interesse somente no país dos governos civis que sucederam e nada encontrei. Encontrei sim...obras e atos da mais profunda demagogia, mas deixa para lá. Escândalos mil. Enriquecimentos mil. Assim como desisti de encontrar um integrante dos governos militares que tenha enriquecido com a proximidade do poder.
O que vi, foi sim uma política nanocrata, que se consumou na revista feita por policiais norte-americanos em pleno palácio governamental brasileiro nos ministros brasileiros que foram assistir a fala do presidente ianque. Sim, dentro de um prédio brasileiro no Brasil. Sim, pasmem.
É o supremo ato de submissão a quem se diz avesso ao maior país do mundo. Mas em pleno palácio brasileiro?
Sim, foi o sublime ato de consumação de uma política nanocrata, de quem vê o país e o pensa pequeno, mas não se cansa de ladrar após a caravana dos cães maiores passar. Tempos atrás já ocorrera um episódio semelhante com um ministro de FHC submetido a detector em aeroporto americano. Mas foi lá, seja bem dito. Não se esconde que os americanos têm verdadeira fobia por revistas e atos de terrorismo. Mas aqui dentro, dentro de um palácio do governo?
É a entrega mais pura e simples, nada mais do que um ato de pura covardia em não ladrar ante esse ato. Mas não. Ficaram calados e obedeceram.
Outros atos, rascunhados de soberanos, os foram em situações de pura birra ou rebeldia que os ianques “nem deram bola” ou fizeram que nem ouviram, como no caso Honduras e caso de enriquecimento de urânio pelo Irã. Em ambas o Brasil foi desmoralizado naturalmente sem um questionamento por parte de quem deveria.
Talvez o último ato de rebeldia contra os americanos tenha sido a denúncia do acordo militar no governo Geisel.
Casos típicos de uma nanocracia. Uma nação conduzida de forma que se apequena cada vez mais.
Não, não é esse Brasil pequeno que queremos.
Queremos um país á altura de sua extensão territorial, da pujança de suas indústrias, da imensidão de suas riquezas.
Um país imune a quem não o transforme mais em feudo para saquear o Tesouro Nacional, transformando-o em patrimônio partidário e particular, com a dinheirama distribuída somente a apaniguados.
Um país que não seja dirigido por gente pequena no pior dos seus sentidos.
Que o Brasil não seja um país de tolos e sim de todos!
Desisti de traçar uma comparação com os governos militares!

OBS- Me recordei de um fato ocorrido durante um Jogo de Guerra escolar na Escola de Comando e Estado Maior envolvendo exércitos da América no Rio de Janeiro, se não me engano em 1997. Os americanos, ao aterrissarem com um Galaxie cheio de material militar na base aérea do Galeão, imediatamente postaram uma guarda com fuzileiros armados. Ao colocarem os pés para fora da aeronave, foram imediatamente advertidos pelo general brasileiro-Álvaro, responsável pelo exercício, que , dali para fora, era território brasileiro e deveriam se recolher com suas armas para dentro do aparelho. A segurança do material foi proporcionada em terra pelo Brasil. Tempos aqueles...