segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O CULTIVO DO ÓDIO

O CULTIVO DO ÓDIO
FlavioMPinto
“ Lembro aqui a sabedoria de um velho índio que disse-“Dentro de mim existem dois cães. Um mau e cruel, e outro muito bom e dócil. Eles estão sempre brigando”. Então lhe perguntaram qual dos cães venceria e ele respondeu:” Aquele que eu alimentar”. Esse é o final de um artigo do ex-deputado e defensor dos Direitos Humanos Marcos Rolim, publicado em ZH.
Diz o antigo ditado ”quem procura, acha.”
É a mais absoluta verdade.
No final do ciclo militar dos anos 60/70, foi aprovada uma Lei de Anistia, impulsionada por ditames de vários órgãos civis, dentre eles a OAB. Garantiu-se a verdadeiro esquecimento para ambos os lados. Aliás, anistias são um fato corriqueiro no Brasil desde os tempos coloniais. Passa-se uma borracha no que foi feito, perdoa-se e começa-se tudo de novo. Basta lembrar algumas mais ruidosas como o Pacto de Poncho Verde que selou a Revolução Farroupilha : foram perdoados ambos os lados, que passaram a caminhar juntos como irmãos no progresso do que é hoje o Estado do Rio Grande do Sul.
Esquecer e prosseguir para progredir, é o que basta para bons entendedores e de alma limpa. Justamente o que não houve após o ciclo da contra-revolução de 1964, na qual o perdão da anistia de 1979 não arrefeceu o ânimo da claque marxista, agora alegando que quer mostrar a verdade dos fatos. Estes, sim, descendentes do governo ideológico que mais matou no mundo até hoje, não esqueceu seus algozes, mas faz de tudo para colocar uma pedra nos crimes que cometeu, inclusive nas chacinas e assassinatos de companheiros de doutrina.
Um lado ingenuamente perdoou, mas o outro continua a cultivar um ódio cada vez mais crescente instrumental e institucionalmente com iniciativas para transformar-se em anjos, verdadeiros facínoras assassinos que continuam a influenciar politicamente um número sem fim de cabeças desavisadas, agora mancomunados em altos postos da administração federal. Ainda esbravejando que lutaram e lutam pela democracia.
Lutaram para instalar no Brasil o regime totalitário mais cruel e fracassado política, econômica e socialmente da História mundial.
Ainda dão ares que querem isso, para nossa desgraça cultuando um passado sem volta em termos de atitudes.
Os seus erros, ora seus erros, não existiram ou não contabilizaram e assim prosseguem cultuando e buscando chifres em cabeça de burro onde quer que metam a mão.
Não, não e não, a mentalidade histórica brasileira não deseja mais que fiquem a revirar túmulos a busca de cadáveres. Bastam os insepultos oriundos dos fracassos marxistas mundo afora.
Basta de continuar a cultivar ódio. Esquecer, perdoar e progredir é o que se quer.
E que eles não esqueçam que “Pau que bate em Chico também bate em Francisco”.