terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O VINHO DE VERÃO

O VINHO DE VERÃO
FlavioMPinto
Antes que se diga, e é bom frisar, que sempre é tempo de beber qualquer coisa. Até um inocente copo d’água. Qualquer época, qualquer hora, desde que se esteja com sede ou vontade.
Agora, uma coisa é beber e outra beber de qualquer maneira.
Seja bem dito que toda bebida tem um ponto certo de ser bebida.
Experimente um café capuccino frio e sinta o que escrevo. SE bem que deve ser considerado que cada um tem um gosto e não se discute.
A bebida não pode ser ingerida sem perder suas características principais, nem as secundárias. Mas não podemos esquecer as condições atmosféricas, o ambiente.
Como por exemplo, as cervejas brasileiras devem ser bebidas, em geral, estupidamente geladas. As alemãs e belgas, de modo frio. Devem estar frias e não na temperatura ambiente. Geladas perdem características. As brasileiras “não descem á temperatura ambiente”.
Assim é a mais sofisticada das bebidas, o vinho. Podemos bebê-los em qualquer época, desde que respeitemos suas características. Um bom tinto, no verão escaldante, cai bem desde que esteja devidamente resfriado e assim permaneça. Assim também é no inverno rigoroso. Classifico como uma enorme bobagem não se permitir , ou contra-indicar, tintos no verão. Os brancos naturalmente devem ser gelados para beber e por isso, normalmente são os preferidos naquela faixa do ano.
Certa feita, em pleno verão porto-alegrense, 30°, fui almoçar num restaurante dito “fino”, pedi um vinho tinto para harmonizar com prato de carne e me serviram quente a título de “estar na temperatura ambiente! “. Teve de ser resfriado num balde, como um bom branco, diga-se a muito custo pelo garçom, pois aleguei que “aquela temperatura do vinho seria a da França!”.
Normalmente os bons vinhos possuem impressa a temperatura de serviço no rótulo. Basta seguir o conselho e não tem erro.
Beber um bom vinho tinto no verão escaldante não cai mal, nem o branco no frio.
Cada um na sua temperatura e , voilá!