quinta-feira, 30 de setembro de 2010

UMA LUTA DESIGUAL

UMA LUTA DESIGUAL
FlavioMPinto

Que ninguém venha me dizer que foi uma luta de iguais nesta eleição em 2010.
Presume-se que ambos os contendores partam para o conflito com as mesmas armas, sobretudo as morais, que garantem a sobrevivência de tudo que o(s) candidato(s) propõe(m).
Sim, é no campo moral onde reside a maior diferença e, se o público votante analisar com mínimo tirocínio as propostas e os candidatos, poderá facilmente escolher seu(s) candidato(s).
Sim, é no campo moral que uma grande guerra se decide, e eleição, no Brasil, é uma guerra declarada.
Um combatente sem valor moral não se sustenta no combate , no entanto, podemos separar e não confundir com capacidade aguerrida a força de seus argumentos baseados nas verdades reconhecidas. E aí o joio começa a se separar do trigo, partindo um lado para a agressão do outro utilizando a malícia, a agressão verbal, a trapaça, e todos os meios possíveis, procurando descaracterizar suas ações delituosas e tirando o foco de investigação de suas maracutaias.
Uma verdadeira guerra onde, um lado não mede recursos e o outro procura, nitidamente acuado, se portar dentro de um padrão civilizado. Encolhe-se, fica sem forças para apresentar argumentos e busca conforto num silêncio obsequioso. Abstém-se de lutar.
A verdadeira democracia admite o contraditório e os contrários para ter-se uma voz diferente gerando blocos distintos em pensamento.
Já o outro lado, empenha-se em destruí-la de modo inclemente, em total desacordo como pensamento democrático criando o pensamento único. Vide posicionamentos do presidente e do seu partido em território nacional e em foros internacionais.
Reconhecidamente a turba não raciocina e tende a seguir o líder da manada. Assim se porta o povo brasileiro nesta quadra histórica, não desejando saber das propostas dos candidatos e sim se está ou não na frente, ou mesmo se é competente por seu passado para o cargo que postula. É a reconhecida preguiça mental colocando o futuro do país na ponta dos dedos do pensamento macunaíma. Ou falta absoluta de condições mentais mínimas para analisar uma situação.
Não foi uma luta igual, isso não se tem dúvidas e o resultado agravará o país todo.
“Calar-se ante o atacante desonesto é uma atitude tão suicida quanto tentar rebater suas acusações em termos “elevados”, conferindo-lhe uma dignidade que ele não tem. As duas coisas jogam você direto na voragem da “espiral do silêncio”. Olavo de Carvalho