terça-feira, 7 de setembro de 2010

NÃO AO CIVISMO!

NÃO AO CIVISMO!
FlavioMPinto

Este artigo bem que poderia intitular-se O adeus ao patriotismo.

A cada 7 de Setembro, a nação revolve-se no túmulo da saudade relembrando seus feitos gloriosos.
Poucas ruas se enfeitam na data magna da nação, os estudantes se apresentam garbosos de forma nada convincente, os soldados marcham, pois são obrigados, o país pára, pois é mais um dia de feriado, um dia sem trabalhar, um dia de folga. Um feriadão sem maiores responsabilidades e sem reflexão alguma sobre a data. E só mais isso.
Tais respostas á data cívica, talvez as sejam por tamanha exposição na época do regime militar, período do BRASIL-AME-O OU DEIXE-O, com absoluta certeza. Ao assumirem o poder os civis simplesmente relegaram a data um lugar de pouco ou nenhum destaque, com exceção do fantasioso desfile de Brasília. O patriotismo dos desfiles cedeu lugar ao feriado sem brilho.
Apenas quem já cultuava a data dá a devida importância: as Forças Armadas. Mas tenho dúvidas se elas também não estão com vontade de cair fora, pois os desfiles estão cada vez mais restritos e reduzidos!
Hoje, o Brasil é humilhado até pela Bolívia. Isso para não enumerar outros países.
Orgulho que tínhamos da Pátria se esvaneceu e não dá sinais de retomada do que era antes. Muito pelo contrário. Os sinais se veem no respeito a temas pertinentes nas escolas, no currículo escolar, nas demonstrações cabais de civismo que não existem mais.
No plano governamental, vemos os desvios de trajetória das relações exteriores colocando o país no centro da chacota diplomática internacional e ter todos os seus pleitos e solicitações negados. Só se destaca no seu agrupamento ideológico sul-americano onde encontra a solidariedade socialista. E aí o sentimento de Pátria brasileira se esvai mais ainda. É a face exterior e mais cruel do não ao civismo. O ostracismo relegado pelo governo de plantão é patente nas ações do chanceler do Itamaraty.
O Brasil por seus governantes aos poucos destrói toda uma reputação conseguida com o esforço de Ruy Barbosa, Rio Branco, Osvaldo Aranha, Assis Brasil e outros brasileiros ilustres.
O “orgulho de ser brasileiro” resgatado por uma empresa aérea não resistiu ao assédio de outra estrangeira. Também foi comprada.
O “ Verás que um filho teu não foge á luta... e o
não teme quem te adora a própria morte...” talvez não existam mais.
E assim vamos.