terça-feira, 12 de outubro de 2010

TEMPOS DE MUDANÇAS?

FlavioMPinto

Não espere mudanças, pelo andar da carruagem, com o panorama eleitoral de 3 de outubro de 2010.
Diversos são os entendimentos sobre o resultado parcial das urnas. Cada um que lê, deglute e dá sua resposta.
Um Congresso, assembléias e câmaras que a cada ano pioram em termos de qualidade, não podem fazer leis adequadas nem fiscalizar o Executivo naquilo que lhe compete. Não tem qualidade, não tem moral, não tem vontade.
Foi a eleição/campanha mais alienante que passou por essas terras. Um lado quieto, envolto em escândalos, mas fazendo de tudo nos bastidores para ganhar e outro fazendo tudo para perder, como que desejando tal, deixando de apresentar contraditórios ao partido governista. Medo? Encurralado? Perdeu a vontade de lutar ante a reconhecida ferocidade dos militantes adversários? provavelmente sim. Um adversário que não mede recursos para atingir seus objetivos estava sozinho no ringue.

Quando um não quer, dois não brigam e assim foi até o último debate do 1º turno.
O Brasil não mudará nem acabará, no entanto, após o resultado das votações apontando enorme votação para o partido que mais patrocina desvios na vida política atualmente, com absoluta certeza, fica mais triste, pois, definitivamente, fincará bases na nacionalidade a mentalidade do valetudo, ao legitimar ações delituosas do lado governista. E só as deles. Ousarão ainda mais com o aval dado nas urnas, independente de qualquer resultado.
A tenya vingativa já tomou conta da máquina pública.
Com o resultado, o povo dá um salvo-conduto ao referido partido, que agora conta com a maioria absoluta dos parlamentares para deixar o país com a sua cara indo aos píncaros de escancarar autos de intolerância religiosa com apoio ao aborto e vetos a símbolos religiosos, passando pela separação de raças, quebrando um dos paradigmas da nação multirracial brasileira. Cria a cizânia lançando por terra os argumentos das leis de anistia, atiça revolta no campo e cidade com as pretensas legitimações de invasões de propriedades. Cria também mecanismos de ultrapassagem de poderes nas suas instâncias de atribuições e decisão gerando um clima de insegurança jurídica negando o Estado de Direito vigente. No entanto, espera-se que os parlamentos barrem essas insanas mudanças no arcabouço jurídico-social do país.
Mas o que esperar dos parlamentares?

Os edis são nada mais que o reflexo do seu povo, que a cada ano/eleição se achincalha mais, nada se pode esperar. Passíveis de cooptação por interesses inconfessos ou por ignorância pura é de se aguardar que aprovem as medidas propostas pelo Executivo a título de direitos humanos.

E país incoerente, insensível, que vota dessa forma e aplaude esse tipo de cometimentos não merece ser chamado de país.
Uma eleição, com os resultados em 1º turno, já nos permitem afirmar que os Estados escolheram o que querem ser com suas representações no Congresso e Assembléias. E o Rio Grande do Sul se perfila com os mais atrasados voluntariamente.
Você quer o Brasil com essa cara?
No plano federal, parece que o 1º debate do 2º turno já deu o tom que algo será diferente.
Esta é a minha opinião.