O EXEMPLO DO PARAGUAY
FlávioMPinto
Já é a segunda vez que uma Nação
pobre dá recados extensos ao Brasil e outros membros do Foro de São Paulo-FSP.
Para quem não sabe, o FSP é um órgão que coordena todas as atividades dos partidos
e grupos de esquerda da América Latina, ditando inclusive rumos de governo. Uma
Operação Condor das esquerdas.
Não satisfeitos com a tentativa
golpista de Zelaya em Honduras, por certo não desejam que o fato se repita em
outros países. Já consta da pauta de inúmeras reuniões do FSP a diretriz tácita
e antidemocrática para impedir que a direita ocupe postos de governo na América
Latina. Não foi á toa que os governos pactuaram Protocolos com cláusulas de execução de medidas contra o
país que violasse a democracia no continente. Só esqueceram de avisar Chávez ,
Lula, Dilma, Cristina Kirschner, Correa e Evo Morales que seguidamente a afrontam a
democracia com medidas restritivas de
liberdade e afrontas a soberania dos seus países.
Por outro lado, os congressos dos
países do bloco, com exceção do paraguaio, se fizeram de surdos ao tomarem
conhecimento do que foi tratado naqueles protocolos. O Brasil é useiro e
vezeiro de assinar protocolos que ferem a Soberania, a começar pela entrega das
terras aos indígenas na ONU, ferindo de morte a incolumidade territorial do
país. Embora esse protocolo ainda não tenha sido avalizado pelo Congresso, a
ONU , por certo, aguarda uma boa hora para pressionar politicamente o Brasil. O
mesmo acontece com os protocolos de Ushuaia I e II, que literalmente decretam
intervenção dos outros países membros do Mercosul em caso de risco á
democracia, que eles mal cumprem. Que o digam Venezuela, Bolívia e Argentina,
principalmente esta que seguidamente afronta cláusulas comerciais pactuadas no
âmbito do Mercosul com o Brasil causando
enormes prejuízos.
O Congresso paraguaio assim como
o hondurenho não sentiu medo ante as ameaças dos países do Mercosul(embora
Honduras não faça parte do Mercosul). O governo de Zelaya fazia parte do FSP.
Muito pelo contrário, foram altivos
e independentes, como se quer um Poder republicano. Não se deixaram intimidar
por quem faz ouvidos moucos quando deseja algo ou algo não é do seu agrado
ideológico. Não se portaram como o desfibrado Congresso do Brasil que permite que o território nacional
seja partilhado a indígenas e quilombolas, só para dar um exemplo, a mando de
ONGs estrangeiras e que seu presidente( agora e em 2005) cometa os mais
absurdos cometimentos contra a Nação.
A lição de Honduras não foi
aprendida pela turma do FSP, que, seguidamente rasgando tudo que se conhece
sobre democracia, se arvoram de democratas atirando os que praticam atos que
abominam ás feras.
A sua democracia é tudo que for a
seu favor dentro do seu projeto político, que é o de reverter todo quadro
perdido com a queda do Muro de Berlim, agora nas terras sul-americanas. Isso
foi pactuado por Fidel Castro e Lula em 1990 e norteia os governos do FSP desde
então.
E já era hora de se por freios
institucionais nas tratativas agressivas e antidemocráticas do FSP.