FREESHOPS EM LIVRAMENTO?
FlávioMPinto
Os argentinos devem estar felizes
por poderem contar com mais uma opção de compras baratas na fronteira com o
Brasil a partir da aprovação no Congresso brasileiro.
Quem não deve estar feliz é o
mercado dos freeshops uruguaios por poder vislumbrar efetivamente, e pela
primeira vez, uma concorrência dos
brasileiros. Mas uma concorrência saudável, visto que será institucional.
Os brasileiros que compram no
Uruguai poderão ser também beneficiados à medida que essa concorrência por
clientes, notadamente argentinos, poderá atingi-los. Assim como outros
povos/países limítrofes, como Paraguai. Este , talvez, seja o mais duramente
atingido considerando que os produtos, á semelhança dos freeshops uruguaios,
sejam efetivamente originais e de boa qualidade.
Só esquecem, os propositores do
livre comércio no lado brasileiro, que o público que mais compra são os
brasileiros por terem moeda forte no presente e sem perspectiva de melhoras econômicas
no lado argentino e uruguaio e até no paraguaio.
O raio de ação dos freeshops na
fronteira brasileira talvez atinja um público muito maior do que se imagina e
redesenhe o comércio do varejo em toda fronteira sul da América do Sul,
considerando que passarão a ser comercializados mais uma gama de produtos confiáveis.
Vemos, portanto, que numa simples
análise, sucinta até, onde pode alcançar o comércio dos quase aprovados
freeshops na linha de fronteira do Brasil com outros países no sul do país.
Com certeza, os propositores
da área de freeshops no Brasil atiraram no que viram e acertarão o que não viram.
Acredito que lucrarão todos. Num
feliz final de negócio bem sucedido.