O RESCALDO DO FORUM SOCIAL
MUNDIAL
FlávioMPinto
Deixei para depois, propositadamente,
abordar o Forum Social Mundial aguardando algo diferente na sua conclusão.
Acompanho desde a primeira edição
e vi, ninguém me contou, desde oficinas
pregando e ensinando como se faz para a destruir um McDonald’s a elogios
rasgados ás mais severas ditaduras do mundo. Só faltou ensinarem a incinerar em
praça pública bandeiras dos EUA.
O que se sente , nestes últimos,
é que suas bandeiras se esvaíram como água na areia fofa. Perderam a validade e
não se atualizaram por absoluta falta de consistência.
Neste ano-2012- inventaram o mote
que o capitalismo está em crise e em declínio. Aliás, é essa a motivação desde
o primeiro FSM. O cérebro atrofiado da esquerda não enxerga nem um palmo a
frente do seu nariz, por isso se recusa a ver que todos os países europeus que
estão com problemas tem viés socialistas. Todos. E todos que se arremessam ao
sucesso são capitalistas e democráticos, com exceção da China.
Parece que não cansaram de fazer
política com o dinheiro dos outros, e mal. Aliás, todos os FSM foram bancados
por dinheiro público! E sem prestação de contas a ninguém!
Não sei de onde tiraram tamanho
disparate, que o capitalismo está em crise. Não viram a brutal recuperação da
matriz capitalista em pouco tempo. Só uma nação livre e que fornece liberdade e
potencial de prosperidade a seu povo pode se recuperar em tão pouco tempo. Não
reconhecem as imensas oportunidades geradas pela liberdade individual e de
mercado. E o bem estar oriundo disso.
Já o bem estar socialista dá
nisso: verdadeiras crises sem solução á vista e cobertas por um volume
estratosférico de dinheiro público. Diga-se de passagem sem retorno. Bem
diferente dos empréstimos feitos pelo governo dos EUA á GM, como por exemplo,
que foram honrados dois anos antes do prazo, a empresa saneada e retornando á
liderança mundial na produção de automóveis.
Enfim, esse é seu mundo: o outro
possível.
Excesso de gastos públicos,
benesses demais, impostos escorchantes, empreguismo no setor público com altos
salários, imprevidência geral foi o
ponto de encontro de todos os países endividados. Resultou num brutal ajuste de
impostos, cortes de salários e demissão de milhares de funcionários públicos além
da redução dos hábitos mais simples e tradicionais de portugueses, italianos,
irlandeses, gregos e espanhóis. Ainda, é claro, a perda da confiança
internacional.
Esse é o futuro que desejam, por
exemplo, para o Brasil, que está neste mesmo rumo. Sem tirar nem por.
E não se coram ao ver esse quadro
assustador á espreita.
E continuam a arrotar que o
capitalismo está em crise!