EM NOME DA HIERARQUIA E DA DISCIPLINA
FlávioMPinto
Os recentes acontecimentos na Bahia envolvendo a PM daquele Estado, escancaram as diferenças salariais entre as forças ditas militares e o modo de solicitá-las. Veja-se, como exemplo, que um comandante de uma fragata ganha menos que um ascensorista na Câmara/Senado e até o motorista daquela Casa ganha mais do que um piloto de Mirage. Um carcereiro de presídio federal mais do que um general do Exército.
E assim passamos para o que ganha um PM , que , nas ruas, mantém a paz nas cidades e campo.
É interessante salientar que a vida não tem preço e o PM, em qualquer Estado, a arrisca no combate diário contra a marginalidade. É lícito, portanto, remunerá-lo por tal sacrifício.
Durante a Constituinte de 1988, foi grande o esforço dos PMs do Brasil para enquadá-las como MILITARES, recebendo todo arcabouço jurídico das Forças Armadas. No entanto, após ser promulgada a Constituição, recusam-se assumir os riscos do novo enquadramento, como a proibição á greve e paralisações. Embora o STF tenha dado como certa essa possibilidade, contrariando a Carta Magna.
Dizer que a proibição ou não deve ser regulamentada é o mesmo que colocar um carimbo de CUMPRA-SE em toda Carta, para que seus artigos sejam eficazes. Não tem cabimento questionar se os artigos da Carta Magna devam ser cumpridos e o Art 142 é claro. Os militares, os verdadeiros, não os de contracheque, acatam com todo zêlo.
Ser militar , talvez para os PMs amotinados, é como trabalhar numa farmácia ou numa livraria. Não basta aceitar o emprego, para ser militar plena aceitação das normas intrínsecas não é um dilema nem sofisma. É uma aceitação plena e total dos seus princípios, neles englobando o que o militar tem de melhor: o perfeito entendimento do que representa a hierarquia e a disciplina na sua função e em todos os atos que os envolvam.
Hierarquia e disciplina não se compram nem se adquirem de mão beijada. São fruto de um ensino e vida diária baseados no respeito mútuo e assimilação dos mais lídimos princípios de responsabilidade individual e coletiva. Ainda mais porque portam armas, sim, armas que usam no seu serviço profissional. Com o agravante que, os policiais civis e militares, as levam para casa nas suas folgas e muitas vezes as usam nos chamados “bicos”. O que, em absoluto, acontece com os militares verdadeiros.
Portanto, tais policiais não podem ser considerados militares como os das Forças Armadas. Não possuem os elementos básicos para tal: a perfeita noção de hierarquia e disciplina necessárias para o desempenho da função. Inerente, e grudada na pele, está a responsabilidade pelos atos cometidos.
Podem ter a certeza que, numa hora de crise, os verdadeiros militares serão chamados para debelá-la.
FlávioMPinto
Os recentes acontecimentos na Bahia envolvendo a PM daquele Estado, escancaram as diferenças salariais entre as forças ditas militares e o modo de solicitá-las. Veja-se, como exemplo, que um comandante de uma fragata ganha menos que um ascensorista na Câmara/Senado e até o motorista daquela Casa ganha mais do que um piloto de Mirage. Um carcereiro de presídio federal mais do que um general do Exército.
E assim passamos para o que ganha um PM , que , nas ruas, mantém a paz nas cidades e campo.
É interessante salientar que a vida não tem preço e o PM, em qualquer Estado, a arrisca no combate diário contra a marginalidade. É lícito, portanto, remunerá-lo por tal sacrifício.
Durante a Constituinte de 1988, foi grande o esforço dos PMs do Brasil para enquadá-las como MILITARES, recebendo todo arcabouço jurídico das Forças Armadas. No entanto, após ser promulgada a Constituição, recusam-se assumir os riscos do novo enquadramento, como a proibição á greve e paralisações. Embora o STF tenha dado como certa essa possibilidade, contrariando a Carta Magna.
Dizer que a proibição ou não deve ser regulamentada é o mesmo que colocar um carimbo de CUMPRA-SE em toda Carta, para que seus artigos sejam eficazes. Não tem cabimento questionar se os artigos da Carta Magna devam ser cumpridos e o Art 142 é claro. Os militares, os verdadeiros, não os de contracheque, acatam com todo zêlo.
Ser militar , talvez para os PMs amotinados, é como trabalhar numa farmácia ou numa livraria. Não basta aceitar o emprego, para ser militar plena aceitação das normas intrínsecas não é um dilema nem sofisma. É uma aceitação plena e total dos seus princípios, neles englobando o que o militar tem de melhor: o perfeito entendimento do que representa a hierarquia e a disciplina na sua função e em todos os atos que os envolvam.
Hierarquia e disciplina não se compram nem se adquirem de mão beijada. São fruto de um ensino e vida diária baseados no respeito mútuo e assimilação dos mais lídimos princípios de responsabilidade individual e coletiva. Ainda mais porque portam armas, sim, armas que usam no seu serviço profissional. Com o agravante que, os policiais civis e militares, as levam para casa nas suas folgas e muitas vezes as usam nos chamados “bicos”. O que, em absoluto, acontece com os militares verdadeiros.
Portanto, tais policiais não podem ser considerados militares como os das Forças Armadas. Não possuem os elementos básicos para tal: a perfeita noção de hierarquia e disciplina necessárias para o desempenho da função. Inerente, e grudada na pele, está a responsabilidade pelos atos cometidos.
Podem ter a certeza que, numa hora de crise, os verdadeiros militares serão chamados para debelá-la.