FlávioMPinto
Sai ano entra ano e as
estatísticas de mortes no Brasil não mudam. Melhor dizendo, a violência não se reduz. Mortes cada vez mais violentas.
Matamos mais gente que em guerras
como a do Iraque no seu auge. Homicídios, trânsito, cada um em sua guerra
particular de quem mata mais, embora no trânsito, no RS, tenha-se matado três
vezes menos na virada do ano de 2011/2012 do que no natal e as estradas
federais tenham sido palco de 18% menos de acidentes.
Afloram verdadeiros assassinatos a
sangue-frio debaixo das quatro rodas e a Justiça, leniente, não está nem aí, afrouxando
as regras e penalizações a cada ano, mesmo com alguns abnegados delegados
tenham enquadrado os criminosos por crime doloso. Mata-se de forma dolosa e criminosamente
saindo-se impune com absoluto desprezo á vida alheia.
Não precisamos de inimigos. O
nosso está em cada esquina, cada beco, cada rua, cada avenida, em cada escritório de edis e advogados
engravatados
Desarma-se o cidadão de bem e o
de mal continua lépido e faceiro engrossando as estatísticas, numa verdadeira
simbiose diabólica do Judiciário com o crime organizado e com os malfeitores de
plantão.
Na verdade, o cidadão comum está
desamparado e desassistido podendo perder seu bem maior, a vida, a troco de
nada. A vida, aliás, nada vale no trânsito, a não ser para estatísticas.
E a coisa parece não ter fim, a
medida que cidadãos não se sensibilizam com tais cometimentos.
Não vou abordar a outra guerra
insana que vivenciamos, que mata aos poucos as esperanças brasileiras em todos
os lugares: a corrupção, pois, ao que me parece, já se enraizou de tal forma
como erva daninha que será difícil destruí -la , nem talvez erradicá-la e
batê-la por partes, sabendo-se que os focos são inúmeros e já contam com a lei
ao seu lado. Basta acompanhar o caso Mensalão, onde advogados lutam, protelando
ações, visando tornar o crime prescritível.
A nação chora a cada feriado,
cada data festiva com feriado prolongado, a perda de seus filhos e ao estouro
de cada escândalo descoberto envolvendo o partido que está no poder.
Até quando irão as nossas
guerras?