terça-feira, 3 de janeiro de 2012

AS NOSSAS GUERRAS



FlávioMPinto
Sai ano entra ano e as estatísticas de mortes no Brasil não mudam. Melhor dizendo, a violência não  se reduz. Mortes cada vez mais violentas.
Matamos mais gente que em guerras como a do Iraque no seu auge. Homicídios, trânsito, cada um em sua guerra particular de quem mata mais, embora no trânsito, no RS, tenha-se matado três vezes menos na virada do ano de 2011/2012 do que no natal e as estradas federais tenham sido palco de 18% menos de acidentes.
Afloram verdadeiros assassinatos a sangue-frio debaixo das quatro rodas e a Justiça, leniente, não está nem aí, afrouxando as regras e penalizações a cada ano, mesmo com alguns abnegados delegados tenham enquadrado os criminosos por crime doloso. Mata-se de forma dolosa e criminosamente saindo-se impune com absoluto desprezo á vida alheia.
Não precisamos de inimigos. O nosso está em cada esquina, cada beco, cada rua, cada avenida,  em cada escritório de edis e advogados engravatados
Desarma-se o cidadão de bem e o de mal continua lépido e faceiro engrossando as estatísticas, numa verdadeira simbiose diabólica do Judiciário com o crime organizado e com os malfeitores de plantão.
Na verdade, o cidadão comum está desamparado e desassistido podendo perder seu bem maior, a vida, a troco de nada. A vida, aliás, nada vale no trânsito, a não ser para estatísticas.
E a coisa parece não ter fim, a medida que cidadãos não se sensibilizam com tais cometimentos.
Não vou abordar a outra guerra insana que vivenciamos, que mata aos poucos as esperanças brasileiras em todos os lugares: a corrupção, pois, ao que me parece, já se enraizou de tal forma como erva daninha que será difícil destruí -la , nem talvez erradicá-la e batê-la por partes, sabendo-se que os focos são inúmeros e já contam com a lei ao seu lado. Basta acompanhar o caso Mensalão, onde advogados lutam, protelando ações, visando tornar o crime prescritível.
A nação chora a cada feriado, cada data festiva com feriado prolongado, a perda de seus filhos e ao estouro de cada escândalo descoberto envolvendo o partido que está no poder.  
Até quando irão as nossas guerras?