sexta-feira, 22 de abril de 2011

RELEMBRANDO A INCONFIDÊNCIA MINEIRA

RELEMBRANDO A INCONFIDÊNCIA MINEIRA
FlavioMPinto
Em uma das cartas mais famosas de José Joaquim da Maia a Thomas Jefferson, o estudante brasileiro escreveu: "Sou brasileiro e sabeis que minha desgraçada pátria geme em um espantoso cativeiro, que se torna cada dia menos suportável, desde a época de vossa gloriosa independência, pois que os bárbaros portugueses nada pouparam para nos tomar desgraçados, com o temor que seguíssemos os vossos passos; ... estamos dispostos a seguir o marcante exemplo que acabais de nos dar... quebrar nossas cadeias e fazer reviver nossa liberdade que está completamente morta e oprimida pela força, que é o único direito que os europeus possuem sobre a América... Isto posto, senhor, é a vossa nação que acreditamos ser a mais indicada para nos dar socorro, não só porque ela nos deu o exemplo, mas também porque a natureza nos fez habitantes do mesmo continente e, assim, de alguma maneira, compatriotas".
Nada mais do que o exemplo da Independência americana era bradada aos quatro ventos no Brasil pelos inconfidentes, assoberbados de ideais Iluministas. Corriam ventos favoráveis na Europa e se derramavam na América.
Buscavam justiça nos impostos, pois o quinto(20%) era demasiado para a colônia e sacrificava a economia.
Uma independência que legou ao mundo a sua mais pujante Nação. Altiva, republicana, independente, soberana e federativa.
O mundo não poderia ter melhor exemplo, o da independência das 13 colônias americanas. Aí miraram-se os inconfidentes mineiros na luta dos colonos americanos contra o imposto sobre o chá. Hoje a carga tributária brasileira chega, em muitos casos, a 50% e poucos se indignam.
Tamanha comparação não encontra eco em nada dentre os objetivos dos inconfidentes.
A comparação feita pela atual presidente daqueles inconfidentes com os perseguidos pela ditadura militar carece de inteligência.
O que os perseguidos buscavam era a implantação da mais cruel ditadura jamais imposta a um povo: a ditadura do proletariado, a comunista, que agoniza nos países que sobrevive. Queriam um governo completamente distinto do que pregavam e se miravam os inconfidentes mais de 200 anos antes. Só essa distância no tempo dá para perceber o atraso do regime que queriam implantar. Desejavam, e os atuais desejam, escravizar o povo, manietando-o em que puderem. Não desejavam Liberdade nem Igualdade sequer Fraternidade. Apenas a igualdade socialista feita pela violência revolucionária.
Pelo que se percebe, saiu da presidência um analfabeto, um brasileiro que se orgulhava de não ter e não gostar de estudo, mas entra outro com o mesmo viés, tentando repassar a idéia contrária ao que diz a nossa História.
“Uma mentira passa a ser verdade quando insistentemente veiculada” era o mote de Goebbles, estrategista nazista e encontrou eco no anterior e no atual governo federal.
Os inconfidentes, com absoluta certeza, se remoeram nos túmulos, pois não dá, sinceramente, para comparar os ideais Iluministas com os das revoluções comunistas.