O Rio de Janeiro entre a
cruz e a espada
FlávioMPinto
Estive na cidade do Rio
de Janeiro pouco antes do primeiro turno das eleições municipais de 2016.
Pude constatar a
flagrante mudança estética da cidade, necessária para a Copa do Mundo de
futebol e as Olimpíadas, alterando sua face. Locais que jamais haviam sido atendidos
pela administração foram contemplados pela renovação estética com benefícios
para o trânsito e visual da área. Parece que a lição de Barcelona foi aprendida
e a cidade está uma beleza. Vale a pena considerar que foram, na sua grande
maioria, verbas federais que foram alocadas para lá, subtraindo-as de outros
Estados.
Por outro lado, pude
constatar o empobrecimento moral da população nas inúmeras vezes em que
tentaram “me passar a perna”, me fazer de otário, prazer maior dos cariocas
malandros. Fui a dois shows de música popular, sendo que num deles notei a
volúpia e satisfação com os olhos brilhando com que o povo assistente cantava
acompanhando o artista na música...” malandro é malandro , Mané é Mané....”. Os
rostos se iluminavam de satisfação. Sentimento típico de uma sociedade fútil,
sem valores e imersa em egocentricidade e que a maiores satisfações são a luxúria
e a vaidade, tudo com a individualidade á flor da pele.
A todo momento me vinha á
cabeça aquela piada de Deus distribuindo benesses e contemplando o Rio de Janeiro
com uma geografia e clima excepcionais com reclamação dos outros povos que não
receberam nada daquilo e que Deus respondia com...” Vocês vão ver o povinho que
colocarei lá”.
Esta piada é a coisa mais
verdadeira que acontece hoje no Rio quando se defrontam dois candidatos
fortemente antagônicos á Prefeitura. Um com formação militar, religioso e outro
ateu reconhecido, defensor de bandidos, gays, GLBT e outros valores completamente
dissociados de qualquer religião e do bom senso.
Um apresenta propostas
racionais e o outro propostas que fatalmente irão levar o município á falência em
curto prazo, caso implementadas, como passe livre nos ônibus municipais e
brutal invasão de prédios em toda cidade, incentivada pelo Poder público com
suas consequências.
A cidade do Rio de
Janeiro já está falida em termos de Segurança Pública e moral individual e
coletivo, mas ainda faltam outros setores a ser destruídos e arrasados e parece,
que a isso, os cariocas se empenham ao máximo. E assim se portam os defensores
do candidato do PSOL, uma minoria acachapante, mas que faz um barulho infernal
onde se apresentam, particularmente em locais públicos, onde fazem questão de mostrar
sua conduta lasciva, constrangendo todos que estiverem por perto.
Não sei se o Rio
sobreviverá a esse estado de coisas, mas a semente do mal já foi inoculada na
sociedade carioca, que age como avestruz, para sua destruição como sociedade
organizada. Que Deus se apiede dos cariocas.