quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

MÉDICI

MÉDICI
FlavioMPinto

Ao tomar conhecimento de uma ofensa gratuita ao general Médici, o mais proeminente dos presidentes militares, não poderia deixar de me manifestar. Principalmente pelo local onde ocorreu o insulto a sua personalidade: na Academia Militar das Agulhas Negras, no seu dia mais solene-no dia da entrega do seu mais nobre produto, os jovens aspirantes-a-oficial do Exército.
E mais ainda de quem partiu a ofensa: do ministro da defesa, um cidadão que não conheceu a farda como pele e a usa como troféu quando pode.
Não poderia ter havido palco mais desafortunado que esse para tal impropério. Consta que o “ministro” revelou, em pronunciamento que não estava no programa, dentre outras barbaridades, que não gostou do nome da turma! Que ele diria de um acampamento do MST com nome de Che Guevara! Acharia uma gracinha, com absoluta certeza!!!
Agora, Médici não pode. E desde quando é proibido ao Exército, ou a qualquer instituição, cultuar e reverenciar seu passado, seus vultos queridos, suas personalidades?
Médici foi um militar de escol, daqueles que não se fazem mais. Muita falta faz hoje por suas posturas sensatas e patrióticas. E quanta inveja ainda causa por sua passagem como Presidente da República. Competente, honesto, capaz, brasileiro dos quatro costados.

Conselho ao “ministro”: não fale mal de quem não conhece e que sabidamente foi uma pessoa decente, bem diferente, com certeza, dos que o cercam no governo.
Decência, sim, foi o que faltou ao ocupante da pasta da defesa dentro da mais ilustre casa do Exército. Uma ofensa que poderia ficar guardada para seu inflado ego. Na realidade apenas expôs seu revanchismo e sua educação, pois sabe que a platéia disciplinada ficaria muda ante o que falaria. É que os militares ouvem e são educados. Mas não são surdos nem burros. Nem vão responder ao insulto, pois não são do mesmo nível do ofensor. Não esqueçam.