O BRASIL, ENFIM, ACHOU UM INIMIGO : VAMOS DECLARAR GUERRA?
FlávioMPinto
O recente episódio das escutas patrocinadas pelos órgãos de
informações norte-americanos contra brasileiros, chegando até a presidente da
república, fez a cúpula governamental brasileira, estrilar nas suas tamancas.
Parece matéria esquentada e requentada por uma rede de
jornalismo após uma confissão inconteste: a de que seu apoio ao movimento
militar de 64 foi um erro.
Sim, a matéria não foi descoberta por acaso e sim há algum
tempo atrás, trabalhada e liberada numa época bem oportuna.
Matéria de cunho absolutamente sensacionalista com propósito
único de salvar reputações jornalísticas e apresentar serviço.
O que o Brasil fará então? Declarar guerra? Denunciar a
nação americana nos foros internacionais? Impedi-los de atuar no Brasil mesmo á
distância?
Quem, de sã consciência, não sabe que, para o atual governo
brasileiro, os Estados Unidos são inimigos?
Na hora da reciprocidade, chiam. Por não terem a capacidade
daquele de proceder em sua defesa como fazem.
Sim, o Brasil, enfim, achou um inimigo. Aliás, já havia sido
devidamente nominado em 1990 quando da criação do Foro de São Paulo.
O que acontece é que tanto a defesa, como ataque, da nação
líder do mundo, é forte, agressiva e eficiente. Basta ver como conseguiram
instalar mais de 30 estações de escuta só em Brasília. Isso mostra o quanto são
agressivos e nós deficientes, lenientes e incompetentes nessa área.
Mas o que fazer, enfim?
Em recente visita ao Brasil, o vice-presidente americano
declarou alto e em bom som que continuariam com sua política de escuta.
Nossa política mequetrefe não tem como fazer frente aos
ianques, a nação mais poderosa e influente do planeta e pronto.
É recolher o rabo entre as pernas e rosnar noutro canil.
Deixa a guerra para outra hora.
Deixa prá lá.