A OBRIGAÇÃO
FlávioMPinto
Existem regras que não estão escritas , mas que deveriam, de
fato, estar na mente de todos.
Uma dessas é a disponibilidade de conhecimentos restritos.
Restritos e não reservados, restritos a contingentes, grupos de pessoas que
desfrutaram de uma conjuntura mais avançada em termos de conhecimentos .
Sonegar conhecimentos deveria ser crime, claro, de menor
potencial, mas privar outras pessoas de conhecimento é grave.
Uma pessoa bem formada intelectualmente não tem o direito de
sonegar das demais seu conhecimento da conjuntura, por exemplo, e alertar a
sociedade de um mal que porventura se aproxime. É uma obrigação dos mais
aquinhoados intelectualmente de proceder desta forma.
Ele tem discernimento suficiente para entender que outras
pessoas não são evoluídas como ele, não tiveram sua experiência , além de não
terem a capacidade intelectual para entendimento de inúmeras situações.
O cidadão bem formado tem de se apresentar á sociedade com
suas ideias e auxiliar os outros a entendê-las para o bem e evolução dessa
sociedade.
A experiência que acumulou em anos e anos de serviço em prol
de bem público ou privado deve ser colocado á disposição da sociedade que
integra. Sem medos ou constrangimentos de qualquer espécie.
É o que a sociedade oriental e as mais antigas, como as
indígenas, buscam com o aconselhamento e respeito aos mais velhos e os mais
sábios.
Na sua recente passagem pelo Brasil, o Papa Francisco passou
o recado de que os cristãos não devem se manter omissos.
“Ide, sem medo, para servir” , disse em bom tom o Sumo
Pontífice.