quarta-feira, 6 de março de 2013

1964 e a matriz nacionalista... ou vivendo e não aprendendo!


1964 e a matriz nacionalista... ou vivendo e não aprendendo!

FlávioMPinto

A política de protecionismo á indústria nacional durante os governos militares parece estar voltando com força e com ela toda gama de subterfúgios para sacramentar o fechamento do espaço comercial-industrial brasileiro a quem não for brasileiro, a menos que seja do Mercosul. Estes possuem um arsenal tecnológico de produção impressionante. Brincadeira!

Mas parece que estamos voltando áquele tempo que produto estrangeiro era coisa proibida, rara e cara.

Com absoluta certeza, os governos da época protegeram os nacionais, amarrando os estrangeiros com alíquotas exorbitantes, para que os brasileiros pudessem se desenvolver com total liberdade investindo no estudo e processos de manufatura. Mas isso não aconteceu. Os produtos nacionais não avançaram e os estrangeiros com tecnologia avançada continuaram a reinar embora encarecidos pelos impostos. A indústria nacional não cresceu como esperava o governo mesmo com as travas impostas aos concorrentes. A intervenção estatal se revelou danosa e contraproducente com os brasileiros esperando mais benesses do governo.

E o Brasil nitidamente andou para trás, distanciando-se  cada vez mais dos centros produtores mundiais, que movidos por uma saudável concorrência internacional, ainda hoje colocam seus produtos competitivos nas mais diversas partes do mundo.

E os anos de 1980 ficaram conhecidos como de estagnação. Foi uma barreira nacionalista exclusivamente colocada como anteparo ante o avanço dos produtos estrangeiros.

Agora, uma barreira exclusivamente ideológica é interposta desrespeitando-se competência do produto. Basta ver o que temos em relação ao mercado dos vinhos, no que os argentinos e  chilenos, estes em particular, colocam no mercado brasileiro o dobro da produção nacional sem pagar um centavo de alíquotas, sendo que o produto nacional é taxado em 54%! O mesmo acontece com o setor automobilístico.

Saímos de barreiras protecionistas nacionalistas para barreiras ideológicas de total prejuízo para o setor nacional, produtor e consumidor.

É vivendo e não aprendendo as lições que a economia nos brinda.

E ainda garganteando que somos a 6ª economia do mundo, não esquecendo que os vizinhos de posição, França e Inglaterra possuem 1/4 da nossa população e 1/6 do território. Trocando em miúdos, ainda somos , no mínimo 4 vezes mais incompetentes do que eles.

Já foi pior, mas não aprendemos.