1964 e a matriz nacionalista...
ou vivendo e não aprendendo!
FlávioMPinto
A política de protecionismo á
indústria nacional durante os governos militares parece estar voltando com
força e com ela toda gama de subterfúgios para sacramentar o fechamento do
espaço comercial-industrial brasileiro a quem não for brasileiro, a menos que
seja do Mercosul. Estes possuem um arsenal tecnológico de produção
impressionante. Brincadeira!
Mas parece que estamos voltando
áquele tempo que produto estrangeiro era coisa proibida, rara e cara.
Com absoluta certeza, os governos
da época protegeram os nacionais, amarrando os estrangeiros com alíquotas
exorbitantes, para que os brasileiros pudessem se desenvolver com total
liberdade investindo no estudo e processos de manufatura. Mas isso não
aconteceu. Os produtos nacionais não avançaram e os estrangeiros com tecnologia
avançada continuaram a reinar embora encarecidos pelos impostos. A indústria
nacional não cresceu como esperava o governo mesmo com as travas impostas aos
concorrentes. A intervenção estatal se revelou danosa e contraproducente com os
brasileiros esperando mais benesses do governo.
E o Brasil nitidamente andou para
trás, distanciando-se cada vez mais dos
centros produtores mundiais, que movidos por uma saudável concorrência
internacional, ainda hoje colocam seus produtos competitivos nas mais diversas
partes do mundo.
E os anos de 1980 ficaram
conhecidos como de estagnação. Foi uma barreira nacionalista exclusivamente
colocada como anteparo ante o avanço dos produtos estrangeiros.
Agora, uma barreira
exclusivamente ideológica é interposta desrespeitando-se competência do
produto. Basta ver o que temos em relação ao mercado dos vinhos, no que os
argentinos e chilenos, estes em
particular, colocam no mercado brasileiro o dobro da produção nacional sem
pagar um centavo de alíquotas, sendo que o produto nacional é taxado em 54%! O
mesmo acontece com o setor automobilístico.
Saímos de barreiras
protecionistas nacionalistas para barreiras ideológicas de total prejuízo para
o setor nacional, produtor e consumidor.
É vivendo e não aprendendo as lições
que a economia nos brinda.
E ainda garganteando que somos a
6ª economia do mundo, não esquecendo que os vizinhos de posição, França e
Inglaterra possuem 1/4 da nossa população e 1/6 do território. Trocando em
miúdos, ainda somos , no mínimo 4 vezes mais incompetentes do que eles.
Já foi pior, mas não aprendemos.