quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

1968- O ANO QUE SE ESFARELOU ANTE O GOVERNO LULA

1968- O ANO QUE SE ESFARELOU ANTE O GOVERNO LULA
FlavioMPinto

A França vivia tempos efervescentes e tumultuados em 68. Em maio, no ápice do movimento, os estudantes franceses se revoltaram contra o status quo vigente e deflagraram violentos distúrbios que respingam em inúmeros outros países.
Notadamente no campo estudantil e as artes, com importantes consequências no restante da sociedade. Os estudantes parisienses se tornariam protagonistas de decisivas ações comportamentais, mudanças que logo chegariam ao Brasil.
Em março de 68, após a morte de um estudante secundarista, já vivenciando a efervescência francesa, a Universidade de Brasilia é declarada território livre, a semelhança do que já ocorrera em alguns palcos estudantis europeus na mesma época e em 15 de agosto é invadida por tropas da policia militar brasiliense leais ao governo com violenta repressão.
A grande motivação era a luta política contra o governo militar. O embate foi violento em ambos os lados.
O segundo grande movimento estudantil a nível nacional ocorreu em 1992, quando, impulsionados por partidos de esquerda, ganhou corpo o processo de Impeachment do então presidente Collor, que renunciou antes do final do processo no Senado. A classe estudantil se mobilizou nacionalmente, mas foi um movimento que se extinguiu em si mesmo.
No entanto, de lá para cá , aconteceram inúmeros fatos deploráveis envolvendo o governo de plantão, com destaque para o governo Lula, e nada dos caras-pintadas se moverem. O caso é que seus condutores, os partidos de esquerda, alinharam-se com o partido governista e comprovou-se, decididamente, o uso dos estudantes como massa de manobra, culminando com a cessão de 40 milhões de reais a título de indenização por parte do governo pelo incêndio da sede da UNE em 64. Agrega-se a esse valor um sem fim de repasses governamentais como nunca se viu.
O movimento estudantil brasileiro encontra-se manietado, subjugado.
São incapazes de se manifestar até em assuntos totalmente ligados á vida estudantil como o ENEM, foco dos maiores escândalos atualmente e que demitiriam todo ministério da educação num país “poucamente” instruído, dadas as falhas ocorridas.
Hoje, o Brasil classifica-se em 53º lugar num rol de 65 países em exames de verificação estudantil a nível mundial!
O governo, via MEC, parece mais preocupado com o domínio das mentes nos mais tenros bancos escolares como estratégia de manutenção de poder, pasteurizando o ensino e introduzindo matérias como Sexualidade, nos mais baixos níveis escolares. Suprimiram, também, todas as formas de culto ao Patriotismo em todos os níveis de estudo, buscando a destruição dos reconhecidos vultos e fatos nacionais históricos.

O germe lançado em 68 e renascido em 92 esfarelou-se ante o governo mais corrupto e corruptor que surgiu por essas plagas. Hoje estão domesticados pela ideologia. Não foi necessário que se republicasse outra Lei Suplicy- Lei publicada durante o governo militar em Nov 64 que proibia a atividade política estudantil- para que ficassem afastados da política nem se contrapusessem ao governo. Não pintaram mais os rostos de verde e amarelo nem de preto.
Criou-se o sindicalismo estudantil pelego, caracterizado pela extrema violência dos grêmios aliados a partidos políticos radicais, como ocorreu na última eleição do DCE da UFRGS, com total complacência do comando da universidade.
Foi a volta triunfal dos estudantes profissionais politizados!

Dizem que estão formando um novo movimento estudantil(?).