O TESTE DO EXÉRCITO E DAS FORÇAS ARMADAS
FlávioMPinto
O recente corte 44% de despesas das Forças Armadas pegou em cheio toda atividade castrense. Das mais simples as mais complexas, nada escapou do corte. Só escaparam a alimentação, salários e outras coisas pequenas.
Os militares já sobreviveram a cortes draconianos tempos atrás.
Quando FHC periclitava, no início de seu primeiro governo, com a Oposição nos seus calcanhares esbravejando Fora FHC, e sua avaliação era bem baixa, avolumavam-se pedidos de Impeachment e os militares se coçavam, pois golpe de esquerda dentro do programa governista de esquerda se aproximava a passos largos. Aliás, FHC foi o introdutor do marxismo institucional vida brasileira e pai de todas essas bandalheiras que hoje assistimos incrédulos, mas não surpresos, pois todo regime esquerdista carrega um fardo de corrupção para se manter no poder. A classe política sentia os rumores de uma virada de mesa.
O presidente acuado, fez um corte nos recursos militares que quase fechou a maioria das instalações castrenses inviabilizando suas tarefas constitucionais.
Mas, num esforço hercúleo, a atividade militar, que já sofria com o parcelamento de salários, sobreviveu.
Agora o problema se repete com mesmo parcelamento á sombra do esgotamento de recursos federais com um sério agravante: tirarão da atividade militar para encher as burras dos políticos!
“O CMA vai cumprir com as suas missões. Nós temos a convicção e a certeza que nós vamos poder continuar cumprindo com a missão em prol da população da Amazônia. O Exército se move pela vontade e nós temos vontade de continuar. Nós somos 21 mil homens, e na fronteira somos 9.500 e temos vontade de continuar e vamos cumprir com a nossa missão. Aqui é pressão total, não vamos afrouxar”, disse o comandante militar da Amazônia, Gen Miotto.
Não sei onde parará está situação, embora a classe militar seja diferente de qualquer outra existente no Brasil, entendendo profundamente a situação de penúria do Tesouro e suas consequências, mas sabe que dinheiro não dá em árvores.
É da formação militar entender a situação nacional e compreender seus porquês. São entes de Estado a serví-lo.
Mas não sei se a classe entenderá, agora com um desfasamento de mais de 80% nos seus salários, e recebendo reajustes sempre abaixo da inflação, este profundo corte sem deixar sequelas. Numerário que sairá de suas atividades irá para rechear os bolsos dos políticos.
Para contentá-los( os militares), o governo já adiantou que não sofrerão cortes no ano que vem no pagamento dos “aumentos” prometidos, mas esses pagamentos salariais já foram concedidos abaixo da inflação do período! Mexer nas mordomias dos parlamentares, nem pensar. Demitir funcionários ociosos também. Racionalizar a atividade administrativa também, nem pensar. Colocar-se abaixo do interesse nacional é algo que jamais passou pela cabeça dos políticos. O que não acontece com os militares.
O Brasil pode ficar tranquilo com seus militares.