JOAQUIM BARBOSA
FlávioMPinto
Já estávamos descrentes quanto ao
surgimento de um homem público que se apresentasse como um brasileiro á altura
de tantas figuras históricas, que só conhecíamos de livros. Se bem que estes
estão sendo paulatinamente excluídos da história e da literatura brasileira.
Sim, um brasileiro
verdadeiramente aberto ao que se conhece como verdade, honestidade, firmeza de
caráter, limpo e puro. Um brasileiro que
se fez com suas próprias mãos dignas e trabalhadoras.
Caxias, Rui Barbosa, Rio Branco e
outras tantas figuras que construiram o Brasil grandioso devem estar se
vangloriando por terem pavimentado o caminho de Joaquim Barbosa. Um caminho em
que a coragem ombreia com a astúcia e a inteligência, com a formação acadêmica
e a decência, a firmeza de atitudes com a justiça.
De tanto ver triunfar as
nulidades... como diria Rui, outro Barbosa, já havíamos esquecido de rogar por
brasileiros públicos e honestos, bravos com a corrupção.
Destaca-se na acusação de Joaquim
Barbosa aos mensaleiros a sua astúcia em abordar a culpabilidade. Com certeza ,
os infratores não esperavam serem atacados por aquele lado. Aliás, basta
lembrar o caso Al Capone, a despeito de inúmeras atrocidades cometidas, só foi
apanhado pelo Fisco norte-americano. Não possuía ordens, recibos, testemunhas, atas
ou qualquer outro documento de seus atos. Era absolutamente inocente. Assim se
portaram os mensaleiros, mas foram apanhados pelo STF pela astúcia e
inteligência de Joaquim Barbosa.
E já é atacado por todos os lados
por aqueles que se sentem diretamente atingidos por suas ações. Falam até em
golpe, esquecendo que o verdadeiro golpe é o que esta sendo denunciado pelo
magistrado corajoso e foi ardilosamente engendrado pelos mensaleiros.
Diz o ditado que ” a justiça
tarda, mas não falha” e é um recado sonoro aos que delinquiram. Mas ela chegará
logo e a galope pelas mãos de Joaquim Barbosa, a despeito da pedras que
Lewandowski e Tofolli coloquem no caminho assim como os obstáculos colocados
pelo governo com a nomeação apressada de mais um ministro, que se for
efetivamente honesto, não votará por não possuir domínio do assunto em
julgamento.