sábado, 25 de agosto de 2012

OS 11 DO STF


OS 11 DO STF

FlávioMPinto

A semelhança do povo espartano confiando nos seus  guerreiros , a nação aguarda ansiosa o desfecho /resultado do julgamento  do Mensalão. Quando os magistrados começarem a expor seus pontos de vista e decidirem sobre as denúncias  que o Procurador –Geral apresentou, é o que mais esperam. A consistência das provas parece ter surpreendido.

Penso  que a defesa não acreditava que o relator abordaria a culpabilidade da forma que apontou. Alegam faltas de provas materiais como se esquemas fraudulentos deixassem atas, recibos e tantos outros rastros para julgamento futuro caso apanhados.

Sim, apenas 11 se contrapondo ao maior esquema fraudulento surgido e arquitetado no país. Uma verdadeira luta de titãs. De um lado a lei, do outro a sua antítese. Um batalhão de advogados tentando duvidar do induvidável ante as incontestes provas apresentadas pelo relator do processo.

Tal atitude por parte do relator, relatório de uma inteligência surpreendente, praticamente deixou sem argumentos seguros os outros membros do STF que porventura pensassem em aliviar a barra dos mensaleiros, a não ser aquele altamente comprometido, Lewandowski, coisa que já se sabia. Não esqueçamos ainda de Tofolli. São argumentos tão devastadores que colocaram a defesa literalmente nas cordas antes mesmo do real combate.

O que se espera de um juiz da Suprema Corte: JUSTIÇA e IMPARCIALIDADE ante os autos e não votos partidários caudatários de quem os indicou para o posto. Livrar-se disso é tarefa que inclui caráter e decência.

domingo, 5 de agosto de 2012

O QUE ESPERAR DO JULGAMENTO DO MENSALÃO


O QUE  ESPERAR DO JULGAMENTO DO MENSALÃO

FlávioMPinto

Que a atmosfera política brasileira foi envenenada nem se discute. Apenas alguns irão dizer, como para se absolverem, que esse veneno não é de hoje.

Sim, de fato estão parcialmente certos. No Brasil sempre houve corrupção, mas nenhum fato consumado com absoluto uso de verbas públicas! As verbas que fariam falta á educação, segurança, saúde, por exemplo, foram criminosamente desviados para o PT, partido político que liderou o esquema.

Centenas de milhões de reais foram parar no caixa partidário recheando financeiramente sua campanha.

Normalmente diz-se que os componentes é que fazem uma instituição. São seus homens e mulheres com suas atitudes que permeiam limites na sua atuação usando a instituição. Forja-se uma instituição pela atitude de seus integrantes. Em qualquer crime financeiro não só os agentes são punidos como também a instituição, em alguns casos banida do sistema financeiro. Neste caso, punidos os agentes não se teria como desvincular a instituição, banindo-a do sistema político nacional. Um partido estruturado para corromper foi a tônica. Configurado o crime, pelo menos é o que deixa transparecer o Procurador-Geral da República, vamos às consequências.

A primeira delas seria a anulação das eleições que se passaram ao crivo do dito escândalo e punição dos políticos envolvidos, todos do PT. Enquadrar-se-ia  a figura do presidente eleito sob efeito do golpe eleitoral duas vezes. Deveria ser banido do sistema eleitoral, mas, inexplicavelmente fica fora das investigações, onde tudo leva a ele.  Não é crível acreditar-se que tudo se passava  sem o conhecimento do presidente da república, na realidade, maior mandatário do PT, um partido reconhecidamente autoritário e centralizador de suas decisões. A conclusão que se tira do apanhado do Procurador-Geral é que era coisa de dentro do governo capitaneada pelo partido.

A segunda medida seria o banimento do partido que liderou tudo do cenário eleitoral nacional. Simples e fato. O partido não pode passar incólume dessa sujeira toda que enlameou a política e o cenário brasileiro levando de roldão o moral nacional. Organizou-se para delinquir, como bem dizem as palavras do Procurador-Geral da República no maior esquema fraudulento jamais surgido no país. A participação do partido se dá em todas as fases e na confissão do seu prócer então presidente da república em Paris quando afirmou que ele( o partido) deveria pedir perdão ao povo brasileiro.Era parte de um projeto de perpetuação no poder sem precedentes e sem escrúpulos nenhum.

A terceira medida , sem dúvidas, é a punição de todos os envolvidos.

Mas não nos iludamos com as penas. Nenhum irá para onde deveria ir. O povo brasileiro gostaria de vê-los na cadeia, como bem já pediu o Procurador –Geral , mas como réus primários longe dela ficarão. O sistema penal brasileiro é muito leniente para com o transgressor. Parece que foi feito por eles!

Na realidade, os transgressores ficarão protegidos de serem engaiolados. Quem ficará preso é o eleitor. Eles( quem transgrediu) estão protegidos de nós por leis e um batalhão de advogados.

Mais protegidos ainda ficam com os embargos que solicitarão ao próprio STF após condenação.

Os integrantes do PT no governo misturaram tudo: eleições, partido, negócios do Estado, governabilidade, jogando fora a ética de fachada que pregavam gerando um monstro com inúmeras cabeças e braços. Uma simbiose de Medusa com Cérbero.

Brasil, país onde tudo se pode, até proteção aos bandidos, aliás, cidadãos infratores, como diria um soldado da PM carioca.

Que os juristas do STF nos livrem do Estado-bandido total.