COMO SOMOS INCOMPETENTES!
FlávioMPinto
“
Somos o que fazemos repetidamente. Por isso o mérito não está na ação e sim no
hábito”. Aristóteles
Existem procedimentos no Brasil que se repetem entra
e sai governo. Parece sina atravancando o progresso.
Você já comparou algum custo de
produtos/mercadorias produzidas no Brasil
com as mesmas produzidas fora daqui? E mesmo até com similares
importados? Já procurou saber quanto custa lá fora um produto exportado?
Então, meu caro leitor, se
prepare para uma grande desilusão. Ela vem no sentido de que aqui custam quase
o dobro. Aliás, os americanos não podem, nem querem, pagar mais do que 60
centavos DE REAL, por litro de gasolina comprada aqui. Nem os mexicanos querem
pagar mais do que 30 mil reais por um
Honda Fit nem um argentino pagar mais de ... bom deixa prá lá.
O caso é que somos o povo mais
rico do planeta ganhando salários miseráveis. Miseráveis aqui. Lá fora, não tem
qualificação o que ganha a famosa classe C, a fortuna de 1400 reais, abaixo até
do que , de acordo com o DIEESE, deveria ser o salário mínimo.
A maior desilusão e desespero é
que você jamais terá uma conta a seu favor, pois o maior beneficiário de tudo,
até acima dos lucros das montadoras de automóveis é o governo federal e que, no
último pacote econômico passou longe de mexer no que arrecada. Fica com o naco
do leão em tudo.
O Brasil é assim, não é de hoje,
que esconde sua incompetência em produzir atrás de proteção da indústria e
comércio nacionais. Quem leva ferro, como sempre, é o elo mais desprotegido: o
consumidor, que sustenta todos com suas compras. Quando o caminho limpa para se
melhorar algo...Vejam o tormento para validar a Lei da Ficha Limpa. Um
verdadeiro calvário.
Os impostos aqui escondem a
incompetência da indústria nacional. Um Land Rover Freelander 2TD4-diesel-
custa na Europa com seus salários altos a bagatela de 28620 euros, pouco mais
do que 67 mil reais. Quanto custaria esse carro se produzido aqui? No mínimo
120 mil, quase o preço do similar importado. Um similar nacional da Mitsubishi produzido
aqui sai por 114 mil reais!
Mas não se preocupem com o
futuro: uma comissão estuda o novo código penal e propõe o terrorismo do bem.
Sim, todos os atos criminosos do MST e outros semelhantes que assustaram o
Brasil e ameaçam propriedades não serão criminalizados. Serão considerados atos
sociais. Invasões, sequestros, cárcere privado, assassinatos , destruição de
plantações, tudo boca livre para ser destruído pelo movimento revolucionário.
Ora viva!
Somos , então, um país rico,
gastador e irresponsável. E burros, pois as soluções aqui são as piores
possíveis!
E depois não venham dizer que o
Congresso e suas elites, ao formular suas leis, não são o reflexo do povo
ignorante, indisciplinado e desrespeitador da lei. Além de tudo, um povo que
não reage, pois não sabe como fazê-lo, tamanha é sua ignorância.
Mas o que desejo abordar é a
capacidade de produção do brasileiro.
Vejam que produzimos quase a
mesma coisa que os franceses e ingleses com pouco mais de um quarto da nossa
população, ou seja, somos no mínimo 4 vezes menos produtivos. Que tal comparar
com Estados Unidos, Alemanha e Japão? É de se envergonhar e não querer galgar
mais uma posição no ranking das potências econômicas.
O que acontece diariamente nos
palácios governamentais não me deixa ser otimista: as piores decisões são
tomadas ante os problemas na contramão de tudo, como a descriminalização das
drogas ante a crescente influência delas na criminalidade cada vez maior e mais
agressiva, algo que enfraquece sobremaneira o moral da Nação.
E agora essa de delimitar a
classe média para quem possui salário entre R$ 291 e R$ 1.019?
Só pode ser brincadeira se essa proposta não partisse de um órgão da
presidência da república( minúscula mesmo). Foi da SAE- Secretaria de Assuntos
Estratégicos após apresentação de mais de 30 estudos!
Foi a maneira
mais fácil de aumentar a classe média rebaixando artificialmente os ganhos.
Foi a maneira
mais fácil de mascarar a incompetência brasileira que progride de modo eficaz e
agora institucionalmente.
Foi a maneira
mais fácil de enganar que estamos bem: decidiu-se baixar o nível de exigência.
Ora pois!